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Driblando a Covid-19: Desafios e dilemas de um empreendedor
Dribbling Covid-19: Challenges and dilemmas of an entrepreneur
REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, vol. 12, núm. 3, e2304, 2023
Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas

Case study


Recepción: 29 Junio 2022

Revisado: 30 Junio 2023

Aprobación: 26 Agosto 2023

Publicación: 07 Octubre 2023

DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.esbj.e2442

Financiamiento

Fuente: Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina - FAPESC

Nº de contrato: 015/2019

Beneficiario: Giovana Bueno

Resumo: Objetivo: investigar as motivações, o perfil e as competências do indivíduo que escolhe empreender; promover a reflexão acerca do posicionamento do empreendedor perante uma grande crise; e buscar resposta para a questão: ser digital influencer é ser empreendedor? Metodologia/ Abordagem: caso de ensino. Principais resultados: nas “notas de ensino”, são sugeridas discussões sobre o empreendedorismo, propriamente dito, o uso do modelo de negócio e a internacionalização de pequenas empresas. Contribuições teórico metodológicas: a própria estrutura do caso contribui metodologicamente para a dinâmica em sala de aula, constituindo-se uma ferramenta a mais de aprendizagem do assunto em questão. Relevância/originalidade: o caso é relevante porque retrata a história de um empreendedor (Breno) que, após realizar seu sonho e criar um negócio promissor (uma agência de viagens), em decorrência de uma grande crise (Covid-19, lockdown e seu impacto no segmento de viagens, bem como a depressão e sentimento de impotência por ela gerados), precisa se reinventar profissionalmente (tornando-se um bem-sucedido consultor on-line para empreendedores). Com o fim da pandemia e a retomada dos negócios, surge o impasse: permanecer como digital influencer ou reativar a antiga empresa (pois o turismo voltou a crescer)? Contribuições sociais para a gestão: o caso retrata a realidade do empreendedor no Brasil e traz questionamentos sobre a regulamentação da profissão de digital influencer.

Palavras-chave: Comportamento empreendedor, Empreendedorismo internacional, Estratégia empresarial, Gerenciamento de crise, Tomada de decisão.

Abstract: Objective: to investigate the motivations, profile and skills of the individual who chooses to undertake; promote reflection about the entrepreneur's position in the face of a major crisis; and seek an answer to the question: Is digital influencer to be an entrepreneur? Methodology/Approach: teaching case. Main results: in the “teaching notes”, discussions are suggested on entrepreneurship itself, the use of the business model and the internationalization of small companies. Theoretical and methodological contributions: the structure of the case contributes methodologically to the dynamics in the classroom, constituting one more tool for learning the subject in question. Relevance/originality: the case is relevant because it shows the story of an entrepreneur (Breno) who, after realizing his dream and creating a promising business (a travel agency), as a result of a major crisis (Covid-19, lockdown and its impact on the travel industry, as well as the depression and feeling of impotence generated by it), needs to reinvent himself professionally (becoming a successful online consultant for entrepreneurs). With the end of the pandemic and the resumption of business, the impasse arises: Remain as a digital influencer or reactivate the old company (since tourism has grown again)? Social contributions to management: the case shows the reality of the entrepreneur in Brazil and raises questions about the regulation of the digital influencer profession.

Keywords: Entrepreneurial behavior, International entrepreneurship, Business strategy, Crisis management, Decision making.

INTRODUÇÃO

Muitas pessoas têm o sonho de abrir seu próprio negócio, e Breno não era diferente. Após retornar de uma viagem, ele decidiu que era chegada a hora: juntou suas economias; pediu dinheiro emprestado a familiares; buscou todo o tipo de informação necessária sobre o mercado em geral e, em específico, acerca do segmento do turismo; tomou conhecimento do processo de abertura de empresas; definiu qual seria o seu público-alvo etc. Assim, a empresa “Caminha Esse Mundo” começou a tomar forma de uma agência de viagens, focada em inspirar pessoas a conhecer a Patagônia, no estilo roadtrip. Breno estava empolgadíssimo, porque ele poderia ser, ao mesmo tempo, um agente de viagens e um guia, que acompanharia seus futuros clientes em suas aventuras.

Passados os primeiros percalços, após um ano de abertura, o negócio ia bem, com uma clientela que só crescia, graças, em grande parte, à propaganda boca a boca dos seus clientes. No entanto, nem tudo são flores, e Breno sentiu na pele a decepção e a frustração, em 2020, com a chegada da Covid-19 – uma pandemia sem precedentes, que fez o mundo parar. As pessoas ficaram confinadas em casa por dias, semanas, meses. Viajar?! Que grande piada! Em meio à turbulência de informações truncadas, medidas sanitárias emergenciais, fechamento de aeroportos e, ainda, o lockdown, as viagens começaram a ser canceladas e o mundo de Breno veio abaixo. Com isso, a depressão e o sentimento de impotência foram exponencialmente crescendo. O que ele poderia fazer, perante os diversos reembolsos solicitados pelos clientes e as despesas sendo acumuladas?

Então, meio que na brincadeira e movido pelo desespero, Breno abriu um canal no YouTube, e desabafou toda a sua angústia. Contou ali sua história, o sonho de empreender, os desafios, o sucesso interrompido e as emoções conflitantes. E não é que de um limão ele fez uma limonada? As pessoas se identificaram com ele: alguns se mostravam complacentes; outros, solidários; e muitos se sentiam no “mesmo barco”, pedindo sua opinião acerca dos mais diversos negócios.

O canal cresceu tanto que as curtidas e compartilhamentos viraram monetização e, assim, Breno se reinventou! Para tanto, ele estudou, foi atrás de aparelhamento para a gravação de vídeos e se tornou praticamente um profissional no ramo. Chamado pelos seguidores de “guru dos negócios”, devido à sua experiência de vida e ao seu perfil empreendedor, bem como aos seus aconselhamentos assertivos, Breno estava cheio de planos para sua nova carreira, a de consultor on-line. Apesar de ser “um espírito livre”, viajante nato, aquela função tinha suas vantagens: trabalhar de casa, em segurança, e com horários flexíveis.

No entanto, com o fim da pandemia e a retomada gradual dos negócios, a agência de viagens (seu sonho concretizado, sua menina dos olhos), que estava temporariamente com os serviços paralisados, começou a ter indícios de voltar à ativa.

Para dificultar ainda mais a decisão de Breno, ele recebe uma proposta bem interessante de parceria na consultoria on-line, mas que lhe exigiria dedicação total. Com um pé lá e outro cá, ele sonda o mercado em busca de um direcionamento; aconselha-se com familiares, amigos e parceiros de negócios; todavia, não chega a um consenso.

Embora haja inúmeras vantagens, como a flexibilidade de horários e a remuneração satisfatória, a carreira nas mídias digitais é incerta e, para que fosse rentável, exigiria de Breno bastante tempo dedicado. Em contrapartida, a “Caminha Esse Mundo” já estava concretizada antes da pandemia; contudo, mesmo se mostrando bem-sucedida àquela época, a realidade pós-pandemia traria novos desafios e incertezas ao negócio.

Infelizmente, para Breno, seria impossível conciliar as duas profissões. Era o momento, então, de escolher em qual dos dois negócios empreender. Esses pensamentos conflitosos povoavam a sua mente e, mais uma vez, desde o início da pandemia, ele se viu diante de uma encruzilhada. O que fazer? Qual a decisão mais acertada a tomar?

A VIAGEM DE EMPREENDER

Breno sempre foi um líder nato, destemido e visionário. Nunca se contentou em ser igual a todo mundo. Desde muito jovem, foi um desbravador do mundo e descobriu nas viagens uma paixão, fazendo disso um hobby. Seu objetivo era juntar dinheiro para poder viajar o máximo que podia e, gradativamente, isso se tornou realidade.

Aos 20 anos, Breno foi morar na Argentina; aos 23, estava em um avião para ficar por um ano em terras Irlandesas. Entre idas e vindas, aos 28 anos de idade, ele já tinha morado em cinco países diferentes e conhecido mais outros 20. No entanto, ele nunca tinha pensado em fazer daquele hobby a sua profissão. Até agora.

Depois de ter vivenciado o trabalho em vários e diferentes ambientes, como banco, restaurante, empresa de comércio exterior, e de ter morado em outros países durante alguns anos, Breno ainda não se identificava com uma carreira específica, tampouco com a ideia de trabalhar 11 meses ao ano, fazendo todo dia a mesma coisa.

Foi assim que, no retorno das férias de 2018, em conversa com sua namorada, Breno vislumbrou a possibilidade de trabalhar com algo que lhe proporcionasse realização pessoal e profissional. Ainda no avião, cruzando a Cordilheira dos Andes, ele perguntou à sua companheira se ela estava feliz em retornar para casa, de volta à “vida normal”.

– Sim, estou feliz, mas, na verdade... parece que falta algo.

Ele também se sentia assim, incompleto. Apaixonado por viagens e por conhecer culturas diferentes, Breno não conseguia entender o conceito de felicidade de grande parte da sociedade, que se resumia em ter uma casa, um carro, casar-se, ter filhos e um cachorro. Ele precisava ir além, por isso, começou a elencar as possibilidades de viajar por mais tempo, não apenas nas férias, e teve um insight:

– Espera aí, e se eu pudesse trabalhar em algo que me fizesse, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro e desfrutar do meu sonho? Seria um trabalho que me permitiria liberdade de tempo e de espaço, e me faria sentir vivo, motivado.

Quando você traça uma meta, o destino conspira em seu favor. No desembarque do aeroporto, enquanto Breno abria o aplicativo para chamar um carro para os levar para casa, ele se deparou com um anúncio sobre empreendedorismo, e uma ideia começou a tomar forma em sua mente: abrir uma agência de viagens focada em inspirar as pessoas a conhecer a Patagônia, uma roadtrip, que lhe possibilitaria acompanhar seus futuros clientes em suas viagens, tornando-se além de agente de viagens, o próprio guia. Seria emocionante!

Breno sabia das dificuldades do caminho a ser trilhado e dos muitos riscos que surgiriam, porque seus pais também foram empreendedores, mas era algo viável, o que lhe bastou para ficar empolgadíssimo.

O CAMINHO RUMO À CRIAÇÃO DA EMPRESA

Com o passar das semanas, o desejo de empreender de Breno foi ficando cada vez maior. Ele leu e releu muitas matérias sobre o assunto e, após conferir toda a sua economia e pedir uma quantia emprestada a familiares, decidiu que tinha chegado a hora de colocar sua ideia em prática e abrir a empresa.

Breno começou fazendo um planejamento do negócio, definindo o que a empresa iria ofertar aos clientes, quais seus valores e seu orçamento. Para isso, conversou com amigos, familiares e mentores de uma incubadora da universidade onde ele havia estudado, recebendo a orientação de que deveria, a princípio, colocar a ideia no papel e determinar seu propósito, desenvolvendo, na sequência, um projeto de marca, baseado nos valores de vida dele (Figura 1).


Figura 1
Valores da Caminha Esse Mundo
Nota: Elaborada pelos autores (2023).

Sendo assim, a proposta de valor da empresa ficou definida como: inspirar pessoas, por meio de viagens inovadoras, a destinos não convencionais. Desse modo, entre idas e vindas de Breno explorando o mundo, o empreendimento recebeu o nome de “Caminha Esse Mundo”.

Um dos professores de Breno indicou um curso on-line de empreendedorismo, que lhe foi bastante útil. Ainda mais porque o setor de turismo é amplamente competitivo, e envolve empresas sólidas do ramo. Os iniciantes e pequenos empreendedores, então, para sobreviverem nesse segmento, na visão do Breno, devem inovar desde o início, posicionando-se de diferentes maneiras no mercado.

Em uma conversa com o amigo chileno Paulo Bernal que, em nas horas livres, gosta de se aventurar na Patagônia com seu motorhome, Breno fez uma proposta de parceria:

– Estou criando uma empresa de turismo focada em experiências exclusivas, mirando em pequena escala, ou seja, para levar grupos de poucas pessoas, brasileiros com idade entre 25 e 65 anos, que se identificam com cenários não usuais, neve, montanhas, geleiras, deserto, contato com a natureza; apreciam o ecoturismo, respeitando os recursos naturais e o patrimônio cultural da região, mas também gostam de turismo de aventura, fazendo uma roadtrip pela região da Patagônia, com opções de caminhadas, montanhismo e escaladas. Vou ser o guia e acompanhar os grupos nas viagens, e gostaria de contar com a sua parceria para ser meu apoio na Patagônia. Topa?

– Pode contar comigo! – disse Paulo. Vejo isso como uma oportunidade de negócio, principalmente para o público brasileiro, pois no país quase não existe turismo de inverno, relacionado à neve.

Após os trâmites iniciais, Breno estava com tudo pronto e a empresa operando. Com o auxílio da incubadora, ele planejou seu negócio, definindo que o relacionamento com os clientes, em um primeiro momento, aconteceria pela interação humana (sua e do Paulo, lá na Patagônia) e nada de mensagens automatizadas ou software de CRM, pelo menos no início.

O canal para atrair clientes foram as redes sociais (Instagram e Pinterest), e-mail, site, ADS do Google, telefone, inbound marketing e, na propaganda boca a boca, pelo feedback dos clientes. A ideia era aproximar a empresa dos viajantes/clientes, tratados como amigos, por intermédio de laços similares ao de uma família.

Assim, Breno fez o negócio acontecer, definindo as principais atividades e fazendo todo o planejamento da viagem, com o estabelecimento de datas, destinos, hotéis, transporte, roteiro e principais atrações. Dessa maneira, para: (a) comercializar a viagem, era feito o contato com os futuros clientes; (b) executar a viagem, bastava colocar o pé na estrada; (c) otimizar e reduzir os riscos do negócio, parcerias foram identificadas e firmadas, no Brasil e na Patagônia; (d) passagens aéreas, hotéis e seguros, guias de turismo para alguma atração em especial, parques e trekking, recorreu-se à parceirização.

Os principais recursos também estavam definidos: (a) físicos – hotel, transporte (motorhome, microônibus) e computador; (b) intelectual – fotógrafo, guia e motorista; (c) humanos – três pessoas contratadas para o atendimento em vendas, financeiro e de marketing; (d) financeiro – capital inicial e capital de giro.

Em relação à parte financeira, Breno estabeleceu todos os custos envolvidos para a operação do negócio: (a) custos fixos – aluguel e despesas de uma sala comercial, desenvolvimento e manutenção do site, além de um software de gestão e marketing; e (b) custos variáveis – combustível para a execução da viagem, hotel, guia e fotógrafo.

Quanto à fonte das receitas, a entrada acontecia por meio das vendas diretas: e-commerce, com opções de cartão de crédito, transferências/depósitos, Pix e boleto bancário.

PRAZER, EU SOU A COVID-19!

Passados os primeiros percalços, após um ano da abertura, a empresa de Breno ia bem, e ele já vislumbrava uma expansão para as terras chilenas. Sua clientela só crescia, graças, em grande parte, à propaganda boca a boca dos clientes. Além disso, o poder de comunicação e a facilidade em formar redes de contatos – networking – sempre foram características marcantes da personalidade de Breno. Por todos os lugares por onde passava, era normal fazer amigos e guardar esses contatos, pois, como ele confidenciou à namorada.

– Nunca se sabe quais pessoas podem estar engajadas e fazer parte de objetivos em negócios futuros.

Com essas parcerias, então, Breno aumentava as possibilidades de expansão de seus negócios. Ele não contava, contudo, com a reviravolta no mercado, causada pela Covid-19 – uma pandemia que parou o mundo –, em 2020.

Breno tinha acabado de pisar na Patagônia, quando seu mundo veio abaixo: por conta da pandemia, os aeroportos estavam fechando, aquela viagem deveria ser cancelada e o grupo de viajantes precisava retornar ao Brasil o mais rápido possível. O uso de máscara passou a ser obrigatório, assim como o de álcool em gel, e todos cumpririam a quarentena, tão logo aterrissassem no Brasil.

Foi um pesadelo! Breno precisou acalmar os turistas, embora ele mesmo estivesse desesperado. Ele fez o reembolso do dinheiro daquele e de outros grupos com reserva para os próximos meses.

As companhias aéreas estavam caóticas, com o fechamento dos aeroportos; as pessoas tinham que ficar confinadas em casa por dias, semanas, meses, respeitando o lockdown nas cidades; havia a disseminação constante de informações desencontradas e de notícias falsas; centenas e centenas de pessoas estavam morrendo, os hospitais lotados; enfim, a crise se instaurou e o medo tomou conta de todos.

Viajar, nesse período, tornou-se uma utopia. Breno teve que demitir seus funcionários e paralisar as atividades da empresa. O cenário era desesperador e os prejuízos só cresciam.

COM UM LIMÃO SE FEZ UMA LIMONADA

Breno viu seu sonho virar realidade e poucos anos depois, ir por água abaixo. Com isso, veio a depressão e o sentimento crescente de impotência. Apesar de demasiadamente angustiado, ele precisava pensar em algo, pois as despesas só se acumulavam. Mas o que fazer?

Foi então que, despretensiosamente e movido pelo desespero, Breno abriu um canal on-line para desabafar. Lá, ele contou a sua história: a insatisfação em trabalhar com algo que não lhe desse prazer, o sonho de empreender, a busca de uma oportunidade no mercado, os desafios enfrentados, o sucesso provisório de seu negócio e, por fim, o golpe cruel da Covid-19. E não é que o canal foi bem-sucedido? As pessoas se identificavam com ele, e muitos se sentiam no “mesmo barco”, pedindo a sua opinião nos mais diversos tipos de negócio.

Leonel, dono de um food truck em Vitória, Espírito Santo, vivia o mesmo drama: teve que fechar tudo, demitir funcionários e buscava uma maneira de recomeçar. Maria, organizadora de eventos, estava pensando em ser tradutora de trabalhos científicos, como uma opção de trabalho, até tudo se normalizar, se é que isso iria acontecer um dia. Dezenas de mensagens como essas foram recebidas por Breno, que começou a pensar em maneiras de ajudar essas pessoas a se reinventarem. Assim, sem perceber, ele mesmo acabou se reinventando.

Como as pessoas foram obrigadas a permanecer em casa por um longo período, seus costumes, desejos e o modo de vida tomaram outros formatos e, com isso, novas necessidades surgiram.

Breno estudou minuciosamente o novo contexto; buscou cursos on-line; conversou com amigos, antigos professores e familiares; foi atrás de aparelhamento para a gravação de vídeos; e passou a dar dicas básicas de empreendedorismo, versando sobre como transformar o negócio antigo, o da pré-pandemia, em algo novo, capaz de atender às novas demandas.

O canal cresceu tanto, que Breno passava horas e horas em frente ao computador, trabalhando como nunca. E seus olhos voltaram a brilhar! Ele se sentia realizado em fazer algo que ajudava as pessoas, vibrando com as conquistas, cada vez mais frequentes, relatadas em seu canal.

As curtidas e os compartilhamentos dos vídeos de Breno – chamado por seus seguidores de “guru dos negócios”, devido aos aconselhamentos assertivos acerca do empreendedorismo, da sua experiência de vida e do seu perfil empreendedor – viraram monetização, e ele se viu, então, com uma nova profissão, a de digital influencer.

Cheio de planos para a nova carreira de consultor on-line, que parecia promissora financeiramente; trabalhando na modalidade home-office, em horários flexíveis; depois de meses no vermelho, Breno viu seu saldo bancário ficar novamente positivo.

No entanto, nem só de curtidas vive um influencer – a profissão exigia muito trabalho e atualização constante de Breno. Com a pandemia, os serviços on-line cresceram exponencialmente, gerando uma acirrada concorrência. Para se manter na “crista da onda”, era necessário, portanto, criar conteúdo inovadores, úteis e de qualidade. Breno passava mais de 16 horas para gravar um vídeo de 40 minutos, e dedicava muito tempo estudando e monitorando as suas redes.

Em 2022, surgiu a proposta de parceria com uma plataforma de cursos on-line e editora de e-books, que possibilitaria a Breno atrair um número maior de seguidores. A demanda provavelmente triplicaria e, para auxiliar no seu atendimento, seria necessária a contratação de outros profissionais.

Embora Breno se sentisse empolgado com a ideia, ele precisou a analisar com calma, antes de dar esse passo. No início, a consultoria on-line era tão somente um bote salva-vidas para ele; agora, ela estava lhe dando a oportunidade de guiar seu futuro profissional.

Nesse momento, o aconselhamento de sua namorada sobre o que fazer foi de crucial importância:

– Breno, meu amor, sei que a profissão de consultor on-line foi um excelente “quebra-galho” para os momentos mais nebulosos da pandemia, mas, agora que os negócios estão retomando gradativamente, que tal reativar a sua empresa e voltar a ter uma “profissão de verdade”?

BRENO CAMINHARÁ PELO MUNDO AFORA OU NÃO?

Para Breno, a “Caminha Esse Mundo” era o seu sonho concretizado, a sua menina dos olhos! Mas a empresa estava com os serviços paralisados desde o início da pandemia, e as últimas notícias divulgadas não pareciam ser promissoras para o setor (Figura 2), sobretudo no que diz respeito à venda de pacotes internacionais – o carro-chefe de seu negócio –, que mais sofreu devido ao fechamento das fronteiras.


Figura 2
Notícias sobre o turismo e Covid-19
Nota: Barbosa, G. L. (2020, p. 3).

Na busca constante por informações sobre a retomada das operações no segmento, ao vasculhar a internet, Breno encontrou um artigo no site do Sebrae, sobre o cenário do turismo e o comportamento dos viajantes no pós-pandemia (Figura 3), que projetava a busca por destinos menos explorados, ao ar livre, em contato com a natureza e de maior exclusividade (sem aglomerações).


Figura 3
Comportamento dos viajantes
Nota: Sebrae (2020a, pp. 2-3).

Breno não sabia o que fazer, pois: de um lado, as pesquisas e os artigos apontavam a busca por experiências diferenciadas pelos futuros viajantes, isto é, um turismo de pequena escala, que se enquadrava no modelo de negócio da “Caminha Esse Mundo”; e, do outro lado, os números da economia desse setor eram desalentadores, já que os efeitos da pandemia ficariam presentes por meses na vida do empreendedor de turismo, até tudo voltar à normalidade. E, mesmo voltando, um novo estilo de vida estava sendo moldado pela pandemia, com as pessoas acostumadas a ficar em casa, o que gerava uma tendência menor de se arriscarem em viagens.

Todas essas questões eram, de fato, complexas, e Breno sabia que, caso optasse por retomar as atividades de sua empresa, precisaria colocar em prática a sua capacidade de adaptação e de inovação para empreender.

Além disso, no pós-pandemia, com os aeroportos reabertos e a diminuição das restrições sanitárias, a procura por viagens começaria a crescer, e a “volta ao normal” geraria uma demanda até então represada do mercado. A “Caminha Esse Mundo” estaria estruturalmente preparada para atuar nesse novo cenário? O modelo de negócio original, bem-sucedido antes da pandemia, bastaria ou a empresa deveria se reinventar, criando um modelo inovador?

Em contrapartida, a função de digital influencer proporcionou a Breno muito aprendizado, sem falar na “grana extra”, que foi muito bem-vinda! Havia, porém, a incerteza da continuidade da profissão no período pós-pandemia e, mesmo que isso ocorresse, ela exigia inúmeras horas de dedicação, tornando impossível mesclar os dois trabalhos.

Todos esses pensamentos conflitosos povoavam a mente de Breno e, novamente, assim como no início da pandemia, ele se viu em uma encruzilhada! O que fazer? Qual seria a decisão mais acertada para empreender?

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

Qual é o melhor caminho para Breno? Não há uma resposta certa, mas meios de auxiliar Breno a tomar a sua decisão, em um período de tanta incerteza. Para tanto, diversas discussões podem ser levantadas, como as discriminadas a seguir.

Empreendedorismo (conceitos, motivações e abordagens teóricas)

Antes de qualquer discussão, é preciso entender o conceito de empreendedorismo e identificar as competências de quem empreende. Ideias promissoras não são capazes de sustentar um negócio, se o perfil do empreendedor que o conduzirá não suportar os riscos inerentes a essa decisão.

No caso de Breno, o começo promissor foi atravessado pela pandemia. Aqui, é possível abordar o perfil e as competências necessárias a um empreendedor para lidar com situações desfavoráveis, crises e outros eventos inesperados.

Pode-se discutir, também, como a pandemia afetou os negócios e a carreira de Breno que, assim como ocorreu com outros empreendedores, tiveram que ser redirecionados para sobreviver à pandemia; e se houve questionamentos sobre a vantagem de retomar a atividade empresarial anterior, quando o contexto voltou a ser, de algum modo, favorável. Nessa seara, cabe ainda levantar os motivos para empreender, discorrendo sobre os dois tipos de empreendedorismo: por necessidade e por oportunidade.

Por fim, vale tratar da relação entre a atividade de digital influencer e o empreendedorismo, bem como de suas normativas e características.

Para tanto, algumas ações são sugeridas:

(a) Identifique, no personagem Breno, o perfil e as competências necessárias a um empreendedor, conforme a Tabela 1.

(b) Quais as motivações que levam os indivíduos a empreenderem? Descreva as motivações de Breno antes e após a pandemia. O que mudou?

(c) Quais as diferentes abordagens do tema empreendedorismo? E, quais aspectos podem ser analisados, a partir dessas abordagens?


Tabela 1
Competências de um empreendedor
Nota: Tabela adaptada de Man e Lau (2000); Zampier e Takahashi (2011).

Empreendedorismo internacional

Um importante passo para o empreendedor é conhecer o mercado em que atua e, assim, preparar-se estruturalmente para melhor se adaptar a novos cenários e às mudanças advindas da pandemia.

Nesse sentido, sugere-se a seguinte abordagem:

– Quais motivações impulsionam o empreendedor na escolha do mercado internacional? Analise as opções de Breno antes e após a pandemia.

Modelo de negócio

O modelo de negócio auxilia na estruturação do empreendimento, podendo ser utilizado no início de um negócio ou quando há uma nova perspectiva, capaz de gerar outro direcionamento para a empresa.

Sobre esse tópico, sugere-se a seguinte atividade:

– Com os elementos apresentados no caso, crie um modelo de negócios para a empresa “Caminha Esse Mundo” antes e após a pandemia.

Fonte de obtenção dos dados

A história contada envolve um caso real, vivenciado pelo principal autor do estudo, ao qual foram acrescidos elementos fictícios para fins de contextualização. O nome da empresa foi escolhido pelo autor, que também forneceu, por meio de narrativa direta, os dados principais. Os dados secundários, por sua vez, foram coletados por pesquisa em sites e artigos sobre o tema em questão.

Objetivos educacionais

O caso tem como objetivo propiciar aos alunos, aos futuros empreendedores e aos demais leitores a identificação das competências de um empreendedor, bem como orientar o desenvolvimento de um modelo de negócios para um novo negócio.

Utilização recomendada

O caso destina-se a alunos de graduação, podendo ser trabalhado, principalmente, nas disciplinas Empreendedorismo e Inovação, e Internacionalização de Empresas. Recomenda-se a leitura prévia do estudo pelos alunos e a discussão em sala de aula.

Declaração de contribuições individuais dos autores




Nota: Cf. CRediT (Taxonomia de Papéis de Colaborador): https://credit.niso.org/

Material suplementar

Notas de ensino (pdf)

Este caso de ensino tem as notas de ensino separadamente.

Agradecimentos

Agradecimento a Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina - FAPESC, que por meio do projeto vinculado ao edital 015/2019, permitiu acesso ao universo do empreendedorismo.

REFERÊNCIAS

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Notas de autor

a Biografia do autor: Bruno Grezole é graduado em Administração, com MBA em International Business pela Univali. Atualmente integra o staff da Royal Caribbean International em Miami, Flórida, Estados Unidos. Suas áreas de interesse incluem Empreendedorismo, Turismo e Internacionalização de empresas.
b Biografia da autora: Giovana Bueno é doutora e mestre em Administração pela Univali. Possui graduação em Turismo pela UEPG. Atualmente é professora dos cursos de MBA em International Business e MBA em Gestão Financeira da Univali. Suas áreas de interesse incluem Turismo, Empreendedorismo, Modelo de Negócios, Internacionalização, Sustentabilidade, ESG e Governança Corporativa.

Autor de contato: giovanabueno2014@gmail.com

Información adicional

Artigo ID: 2304

Classificação JEL: L26, L10

Editor Chefe 1 ou Adjunto 2: 1 Dr. Edmundo Inácio Júnior, Univ. Estadual de Campinas, UNICAMP

Editor Associado Responsável: Dr. Marcos Hashimoto, Bradley University

Editora Executiva 1 ou Assistente 2: 1 M. Eng. Patrícia Trindade de Araújo

Revisão Ortográfica e Gramatical: Dra. Mônica Império Costa, Palavra Seleta Revisão Textual

Declaração de conflito de interesse: Os autores declaram não existir conflito de interesses.

Item relacionado (hasTranslation): https://doi.org/10.14211/regepe.esbj.e2442

Como citar: Grezole, B., & Bueno, G. (2023). Driblando a Covid-19: Desafios e dilemas de um empreendedor. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 12(3), e2304. https://doi.org/10.14211/regepe.esbj.e2304



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