Análise da estrutura de capital de startups à luz das teorias de tradeoff e pecking order
DOI:
10.14211/regepe.esbj.e2338Palavras-chave:
Startup, Tradeoff, Pecking Order, FinanciamentoResumo
Objetivo: As startups apresentam diferenças significativas em relação às organizações tradicionais. Elas têm muitos ativos intangíveis, são arriscadas e tendem a não gerar lucros em seus anos iniciais (Heirman & Clarysse, 2007; Weber & Zulehner, 2009). A escolha de financiamento das startups também seria diferente das empresas tradicionais? Nosso objetivo é analisar a estrutura de capital de startups em seus primeiros anos de vida com base nas teorias clássicas de tradeoff e pecking order. Metodologia/abordagem: Coletamos dados de 40 startups na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, por meio de um questionário sobre o perfil dos fundadores, características das empresas, desempenho financeiro e fontes de financiamento. Os dados coletados abrangeram o ano de fundação da empresa e os três anos subsequentes. Resultados: Os resultados indicaram que as startups analisadas se financiaram principalmente por meio de capital dos fundadores em todos os quatro anos analisados. Somente no terceiro ano elas passaram a utilizar os recursos gerados internamente, indicando uma adesão à pecking order. No entanto, a presença de investidores-anjo e recursos subsidiados contrastou com a ausência de dívida bancária. Em consonância com a teoria do tradeoff, a dívida bancária não era uma opção viável de financiamento nos primeiros anos dessas empresas por apresentarem baixa rentabilidade e alto risco. Contribuições teóricas/metodológicas: Oferecemos uma contribuição teórica analisando a adequação das teorias financeiras tradicionais ao contexto específico das startups. Originalidade: A literatura de finanças sobre startup é escassa e poucos estudos analisaram essas empresas sob a ótica das teorias de estrutura de capital. Contribuições sociais / para gestão: Fornecemos um panorama do financiamento de startups para apoiar seu planejamento financeiro no que tange à obtenção de recursos.
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