“Não Me Tragam Problemas, Tragam-me Soluções!” Acreditem, elas podem estar nas micro e pequenas empresas
DOI:
10.14211/regepe.esbj.e2599Palavras-chave:
Micro e pequenas empresas, Informalidade e semiformalidade, Empreendedorismo, Desenvolvimento socioeconômico, Políticas públicasResumo
Objetivo do Estudo: Evidenciar o papel central das micro e pequenas empresas (MPEs) para a superação da perversa desigualdade socioeconômica brasileira, destacando a necessidade de que recebam tratamento prioritário nas políticas públicas. Principais resultados: Ressaltando a desconhecida e negligenciada realidade das MPEs, demonstra que a produtividade é o principal desafio, pois a maioria das MPEs apresenta baixíssimos níveis de produtividade, operando em um ambiente de informalidade/semiformalidade, agravando o dilema produtivo do país, limitando seu potencial de crescimento e as possibilidades de superação da desigualdade. Mostra, ainda, que, embora as MPEs formais e informais, representem a parcela mais significativa da economia em termos de PIB e ocupações, são tratadas marginalmente, não recebendo do Estado, da academia ou da mídia, atenção compatível com essa importância. Relevância/originalidade: Traz uma crítica original à visão que reduz o empreendedorismo à criação de novos negócios, tratando-o como panaceia para os problemas nacionais. Propõe, em reverso, a requalificação dos empreendedores já existentes e o apoio a inovações que aumentem o conteúdo técnico dos postos de trabalho (modernização de processos de produção e gestão), resultando no aumento da produtividade e da competitividade das MPEs. Contribuições sociais/para a gestão: Sugere a formulação de políticas públicas que atribuam centralidade às MPEs o que resultaria em um processo de desenvolvimento inclusivo e sustentável. Além disso, enfatiza a premência de mais estudos sobre MPE e informalidade, para se compreender adequadamente a realidade desse segmento vital da economia brasileira
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