Sensorial Merchandising: Um Experimento no Varejo de Moda para Inclusão de Consumidores Cegos

Autores

DOI:

10.14211/regepe.v8i1.983

Palavras-chave:

comportamento do consumidor, consumo, gestão do varejo, sensorial merchandising

Resumo

Esse artigo propõe o conceito de sensorial merchandising a partir do entendimento da atmosfera de varejo como um esforço para gerar uma experiência de compra, com pessoas com deficiência visual. Os deficientes visuais no varejo de moda, devido a certas limitações, necessitam de algumas mudanças na atmosfera do setor. O objetivo, então, é compreender os anseios dos consumidores, e assim dar subsídios as empresas de varejo de moda para que promovam sua autonomia no ato da compra utilizando uma cartela de cores com aroma de fruta/fruto, Color Sense, como elemento do Sensorial Merchandising. A metodologia adotada foi um experimento de estudo de caso único realizado em ambiente controlado. Os resultados obtidos sugerem uma relação positiva do consumidor cego com a Color Sense, assim como os demais elementos do Sensorial Merchandising.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Iris Brenda Mendes Souza e Silva Almeida, Centro Universitário Boa Viagem - UNIFBV

Mestra em Gestão Empresarial na linha de pesquisa Marketing, Comunicação e Negócios Internacionais pelo Centro Universitário Boa Viagem - UNIFBV, Pernambuco, (Brasil).  

Rafael Lucian, Centro Universitário Boa Viagem - UNIFBV

Doutor em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Pernambuco, (Brasil). Professor Titular das Disciplinas de Métodos Quantitativos e Marketing Internacional e Globalização do Centro Universitário Boa Viagem, UNIFBV, Pernambuco. 

Nelsio Rodrigues Abreu, Universidade Federal de Paraíba - UFPB

Doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras - UFLA, Minas Gerais, (Brasil). Professor Associado III da Universidade Federal de Paraíba - UFPB.

Referências

Adam, I. (2017). People with visual impairment “watching” television? Leisure pursuits of people with visual impairment in Ghana. Disability & Society, v. 33(1), pp. 39-58. doi: 10.1080/09687599.2017.1381585 DOI: https://doi.org/10.1080/09687599.2017.1381585

Almeida, I. B. M. S. S., & Lucian, R. (2017). Sensorial Merchandising: uma atmosfera de varejo memorável com a Color Sense in: Colóquio de Moda, Bauru-SP. Apresentação dos anais/ABEPEM.2017.

Amedi, A., Raz, N., Pianka, P., Malach, R., & Zohary, E. (2003). Early “visual” cortex activation correlates with superior verbal memory performance in the blind. Nature Neuroscience, v. 6(7), pp. 758-766. doi: 10.1038/nn1072 DOI: https://doi.org/10.1038/nn1072

Amiralian, M. (1997). Compreendendo o cego: uma visão psicanalítica da cegueira por meio de Desenhos-Estórias. 1. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Baker, S. (2006). Consumer normalcy: Understanding the value of shopping through narratives of consumers with visual impairments. Journal of Retailing, v. 82(1), pp. 37-50. doi: 10.1016/j.jretai.2005.11.003 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jretai.2005.11.003

Baker, S., Holland, J., & Kaufman‐Scarborough, C. (2007). How consumers with disabilities perceive “welcome” in retail service scapes: a critical incident study. Journal of Services Marketing, v. 21(3), pp. 160-173. doi: 10.1108/08876040710746525 DOI: https://doi.org/10.1108/08876040710746525

Baker, S., Stephens, D., & Hill, R. (2002). How can retailers enhance accessibility: giving consumers with visual impairments a voice in the marketplace. Journal of Retailing and Consumer Services, v. 9(4), pp. 227-239. doi: 10.1016/s0969-6989(01)00034-0 DOI: https://doi.org/10.1016/S0969-6989(01)00034-0

Barchiesi, M., Castellan, S., & Costa, R. (2016). In the eye of the beholder: Communicating CSR through color in packaging design. Journal of Marketing Communications, pp. 1-14. doi: 10.1080/13527266.2016.1224771 DOI: https://doi.org/10.1080/13527266.2016.1224771

Bianchi, C., Ramos, K., & Barbosa-Lima, M. (2016). Conhecer as cores sem nunca tê-las visto. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), v. 18(1), pp. 147-164. doi: 10.1590/1983-21172016180108 DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172016180108

Campbell, D. T., & Stanley, J. C. (1963). Experimental and Quasi-Experimental Designs for Research. Houghton Mifflin Company. Boston. ISBN: 0-395-30787-2

Damascena, E., & Farias, S. A. (2013). Os elementos sensoriais em supermercados: um estudo junto a pessoas com deficiência visual na perspectiva da pesquisa transformativa do consumidor. In: Enanpad, 37, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Anpad.

Diniz, G., & Miguel, D. (2010). Estudo avaliativo da influência da cor no sabor dos alimentos. In: IX Jornada Científica da Fazu (p. 13). Uberaba.

Falchetti, C., Ponchio, M., & Botelho, N. (2015). Understanding the vulnerability of blind consumers: adaptation in the marketplace, personal traits and coping strategies. Journal of Marketing Management, v. 32(3-4), pp. 313-334. doi: 10.1080/0267257x.2015.1119710 DOI: https://doi.org/10.1080/0267257X.2015.1119710

Favre, J. (1981). Color and und et communication. Zurich: ABC Verlag.

Farina, M., Perez, C., & Bastos, D. (2011). Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard.

Fumarco, L. (2017). Disability Discrimination in the Italian Rental Housing Market: A Field Experiment with Blind Tenants. Land Economics, v. 93(4), pp. 567-584. doi: 10.3368/le.93.4.567 DOI: https://doi.org/10.3368/le.93.4.567

Hagtvedt, H., & Brasel, S. (2016). Cross-Modal Communication: Sound Frequency Influences Consumer Responses to Color Lightness. Journal of Marketing Research, v. 53(4), pp. 551-562. doi: 10.1509/jmr.14.0414 DOI: https://doi.org/10.1509/jmr.14.0414

Hemantha, Y. (2015). Visual Merchandising - A Smart Model. SSRN Electronic Journal. doi: 10.2139/ssrn.2564910 DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.2564910

Hepola, J., Karjaluoto, H., & Hintikka, A. (2017). The effect of sensory brand experience and involvement on brand equity directly and indirectly through consumer brand engagement. Journal of Product & Brand Management, v. 26(3), pp. 282-293. doi: 10.1108/jpbm-10-2016-1348 DOI: https://doi.org/10.1108/JPBM-10-2016-1348

Kaufman–Scarborough, C. (1999). Reasonable access for mobility-disabled persons is more than widening the door. Journal of Retailing, v. 75(4), pp. 479-508. doi: 10.1016/s0022-4359(99)00020-2 DOI: https://doi.org/10.1016/S0022-4359(99)00020-2

Kaufman-Scarborough, C., & Childers, T. (2009). Understanding Markets as Online Public Places: Insights from Consumers with Visual Impairments. Journal of Public Policy & Marketing, v. 28(1), pp. 16-28. doi: 10.1509/jppm.28.1.16 DOI: https://doi.org/10.1509/jppm.28.1.16

Kim, J., Kim, K., & Kim, J. (2016). Human Model Effect? Online Visual Presentation of Fashion Merchandise. Advances in Consumer Research, v. 44(Jan), pp. 742-747. Disponível em:

<http://web.b.ebscohost.com/bsi/pdfviewer/pdfviewer?vid=3&sid=d95ec7bf-96d7-4314-8081-162965c71ea3%40sessionmgr120>. Acesso em: 02 out. 2015.

Kumar, A., & Yinliang, T. (2013). Value of IT in Online Visual Merchandising: A Randomized Experiment to Estimate the Value of Online Product Video. SSRN Electronic Journal. doi: 10.2139/ssrn.2235033 DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.2235033

Levy, S., & Lahav, O. (2011). Enabling people who are blind to experience science inquiry learning through sound-based mediation. Journal of Computer Assisted Learning, v. 28(6), pp. 499-513. doi: 10.1111/j.1365-2729.2011.00457.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-2729.2011.00457.x

Lindstrom, M., & Kotler, P. (2014). Brand sense. [Place of publication not identified]: Free Press.

Londoño, S. F. S. (2006b). Deficiências Visuais - A comunicação, o consumo, e a compra dos portadores de deficiência visual. 187f. Faculdades Curitiba, 2006. Disponível em:

<http://www.foal.es/sites/default/files/docs/41_defici_ncias_visuais_0.pdf>. Acesso em: 02 out. 2015.

Lucian, R. (2014). Digital Overload: The Effects of The Large Amounts of Information When Purchasing Online. Journal of Internet Banking and Commerce, v. 19, pp. 1-18.

Makryniotis, T. (2018). Fashion and Costume Design in Electronic Entertainment-Bridging the Gap between Character and Fashion Design. Fashion Practice, v. 10(1), pp. 99-118. doi: 10.1080/17569370.2017.1412595. DOI: https://doi.org/10.1080/17569370.2017.1412595

Marques, S. B. (2016). Sinestesia das pessoas cegas: novas possibilidades de informação.

Masini, E. F. S. (2014). O perceber e o relacionar-se do deficiente visual: orientando professores especializados [e-book]. Brasília: Corde.

Medvedev, K. (2018). A twist in the retail: The rise, fall and re-emergence of Budapest as a fashion city. Fashion, Style & Popular Culture, v. 5(2), pp. 185-199. doi: 10.1386/fspc.5.2.185_1. DOI: https://doi.org/10.1386/fspc.5.2.185_1

Molina, L. (2015).Posso ensinar cores a uma pessoa cega? Guia Inclusivo. 2013. Disponível em: http://www.guiainclusivo.com.br/2013/09/posso-ensinar-cores-uma-pessoa-cega . Acesso em: outubro de 2015.

Normandi, D., & Taralli, C. (2016). Design para inclusão: procedimentos de pesquisa em design para acessibilidade de pessoas cegas ao serviço de cinema. E-Revista LOGO, v. 5(2), pp. 72-92. doi: 10.26771/e-revista.logo/2016.2.05 DOI: https://doi.org/10.26771/e-Revista.LOGO/2016.2.05

Nunes, S., & Lomônaco, J. (2010). O aluno cego: preconceitos e potencialidades. Psicologia Escolar e Educacional, v. 14(1), pp.v55-64. doi: 10.1590/s1413-85572010000100006 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-85572010000100006

Pinto, M., & Freitas, R. (2013). O que os olhos não veem o coração não sente? Investigando experiências de compra de deficientes visuais no varejo de roupas. Revista de Gestão, v. 20(3), pp. 387-405. doi: 10.5700/rege506 DOI: https://doi.org/10.5700/rege506

Pozzana, L., & Kastrup, V. (2017). Da propriocepção à apropriação da experiência: uma prática corporal com pessoas com deficiência visual. Periferia, v. 9(1). doi: 10.12957/periferia.2017.29409 DOI: https://doi.org/10.12957/periferia.2017.29409

Schanda, J. (2004). Expectations and the Food Industry: The Impact of Color and Appearance. Color Research & Application, v. 29(3), pp. 247-247. doi: 10.1002/col.20012 DOI: https://doi.org/10.1002/col.20012

Sena, M. (2009). Etiqueta têxtil como contributo para a interpretação da cor pelos deficientes visuais (Doutorado). Universidade da Beira Interior.

Schneider, J., Ramirez, A. R. G., & Célio, T. (2017). Etiquetas têxteis em braille: uma tecnologia assistiva a serviço da interação dos deficientes visuais com a moda e o vestuário Estudos em Design, 25(1), 65-85.

Siddiqui, A., Rydberg, A., & Lennerstrand, G. (2005). Visual Contrast Functions in Children with Severe Visual Impairment and the Relation to Functional Ability. Visual Impairment Research, v. 7(1), pp. 43-52. doi: 10.1080/13882350590956448 DOI: https://doi.org/10.1080/13882350590956448

Singhal, D., & Khare, K. (2015). Does Sense Reacts for Marketing Sensory Marketing. SSRN Electronic Journal. doi: 10.2139/ssrn.2956779 DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.2956779

Sung, Y., Choi, S., Ahn, H., & Song, Y. (2014). Dimensions of Luxury Brand Personality: Scale Development and Validation. Psychology & Marketing, v. 32(1), pp. 121-132. doi: 10.1002/mar.20767. DOI: https://doi.org/10.1002/mar.20767

Treptow, D. (2013). Inventando moda: planejamento de coleção. DorisTreptow. – 5ª edição. São Paulo: Edição da autora, 2013. 208p. ISBN 978-85-903718-2-3.

White, K., & White, F. (1996). Display & visual merchandising. Westwood, NJ: St. Francis Press.

World Health Organization — Who. World report on disability, 2011. Disponível em: <http://www.who.int/disabilities/world_report/2011/report.pdf> Acesso em 05 mai. 2015.

Downloads

Publicado

01-01-2019

Métricas


Visualizações do artigo: 2364     PDF downloads: 712

Como Citar

Almeida, I. B. M. S. e S., Lucian, R., & Abreu, N. R. (2019). Sensorial Merchandising: Um Experimento no Varejo de Moda para Inclusão de Consumidores Cegos. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 8(1), 126–148. https://doi.org/10.14211/regepe.v8i1.983

Edição

Seção

Artigo de pesquisa (Teórico-empírico)

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.