O Impacto da Educação Empreendedora na Intenção de Empreender: análise dos traços de personalidade

Authors

  • Raul Afonso Pommer Barbosa UNIR - Universidade Federal de Rondônia. https://orcid.org/0000-0002-1914-5184
  • Eliane Alves da Silva UNIR - Universidade Federal de Rondônia.
  • Fernando Hungaro Lemes Gonçalves UNIR - Universidade Federal de Rondônia.
  • Fábio Rogério de Morais

DOI:

https://doi.org/10.14211/regepe.v9i1.1589

Keywords:

Educação Empreendedora, Empreendedor, Traços de Personalidade, Desenvolvimento

Abstract

Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar a relação existente entre os traços de personalidade do Big Five (abertura, conscienciosidade, extroversão, amabilidade e neuroticismo) e a educação empreendedora, especialmente comparar a intenção de empreender de alunos dos ensinos fundamental e médio que receberam a educação empreendedora com àqueles que não a receberam.

Método: Utilizou-se do instrumento IGPF-5 para a coleta de dados e as análises de dados foram realizadas por meio de Modelagem de Equações Estruturais (SEM).

Originalidade/Relevância: A pesquisa identifica que a educação empreendedora atua sobre os traços de personalidade e impacta positivamente a intenção de empreender de jovens alunos dos ensinos fundamental e médio, especialmente nas fases de desenvolvimento e formação empreendedora.

Resultados: Pode-se afirmar que na amostra pesquisada há influência dos cursos ofertados pela Junior Achievement sobre a percepção empreendedora dos alunos, por meio da confirmação das hipóteses.

Contribuições teóricas/metodológicas: Os resultados desta pesquisa abrem caminho para outros estudos em relação ao ensino do empreendedorismo e como ele deve ser abordado nas disciplinas. Identificou-se aspectos-chave proporcionados pelo conhecimento adquirido, além de contribuir com um modelo de análise para estudos futuros. O instrumento utilizado proporciona a replicação desta pesquisa em outras realidades, o que trará novas informações sobre o ensino do comportamento empreendedor.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Raul Afonso Pommer Barbosa, UNIR - Universidade Federal de Rondônia.

Graduado em Administração de Empresas com especialização em Marketing e Empreendedorismo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP) . Pós-Graduado em MBA Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de Rondônia (FARO). Pós-Graduando em MBA Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mestrando em Administração pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Graduando em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário São Lucas (UNSL).

References

Andrade, J. M. (2008). Evidências de validade do inventário dos cinco grandes fatores de personalidade para o Brasil (Tese de Doutorado). Universidade de Brasília, Brasília, DF. Recuperado de http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/1751/1/2008_JosembergMouraAndrade.pdf.

Antoncic, B., Kregar, T. B., Singh, G., & Denoble, A. F. (2015). The Big Five personality-entrepreneurship relationship: Evidence from Slovenia. Journal of Small Business Management, 53(3), 819–841. DOI: https://doi.org/10.1111/jsbm.12089

Araújo, G. F., & Davel, E. P. B. (2019). Educação empreendedora pela experiência: o caso do festival de artes empreendedoras em Itabaiana. REGEPE-Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 8(1), 176-200. DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.v8i1.1053

Araújo, F. E., Morais, F. R., & Pandolfi, E. (2019). A fábula dos mortos-vivos: Determinantes da mortalidade empresarial presentes em micro e pequenas empresas ativas. REGEPE-Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 8(2), 250-271. DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.v8i2.763

Bessant, J., & Tidd, J. (2009). Inovação e empreendedorismo. (E. R. Becker et al., Trad.) Porto Alegre: Bookman.

Besutti, J. & Angonese, R. (2017). Traços de personalidade e intenção empreendedora. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, 10(3), 98-123. DOI: https://doi.org/10.19177/reen.v10e3201798-123

Bhidé, A. V. (2000). The origin and evolution of new business. New York: Oxford University Press. DOI: https://doi.org/10.1093/oso/9780195131444.001.0001

Bido, D. S., Souza, C. A., Silva, D., Godoy, A. S., & Torres, R. R. (2012). Qualidade do relato dos procedimentos metodológicos em periódicos nacionais na área de Administração de Empresas: O caso da modelagem em equações estruturais nos periódicos nacionais entre 2001 e 2010. Organizações & Sociedade, 19(60), 125-144. DOI: https://doi.org/10.1590/S1984-92302012000100008

Borgatta, E. F. (1964). The structure of personality characteristics. Behavioral Science, 9(1), 8–17. Recuperado de https://doi.org/10.1002/bs.3830090103 DOI: https://doi.org/10.1002/bs.3830090103

Brandstätter, H. (2010). Personality aspects of entrepreneurship: A look at five meta-analyses. Personality and Individual Differences, 51(3), 222-230. DOI: https://doi.org/10.1016/j.paid.2010.07.007

Brice, J. (2002). The role of personality dimensions on the formation of entrepreneurial intentions. Hempstead, NY: Hofstra University.

Bygrave, W. D., & Zacharakis, A. (2010). Entrepreneurship (2nd ed.). Hoboken, N.J: Wiley.

Caliendo, M., & Kritikos, A.S. (2008). Is entrepreneurial success predictable? An ex-ante analysis of the character based approach. Kyklos. 61(2), 189-214. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-6435.2008.00398.x

Chin, W. W. (1998). The partial least squares approach for structural equation modeling. In G. A. Marcoulides (Ed.), Methodology for Business and Management. Modern methods for business research (295-336). Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates Publishers.

Ciavarella, M. A., Buchholtz, A. K., Riordan, C. M., Gatewood, R. D., & Stokes, G. S. (2004). The big five and venture capital survival. Journal of Business Venturing, 19(4), 465-483. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2003.03.001

Cohen, J. (1988). Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences (2nd ed.). Hillsdale, NJ: Lawrence Earlbaum Associates.

Cohen, B., & Winn, M. I. (2007). Market imperfections, opportunity and sustainable entrepreneurship. Journal of Business Venturing, 22(1), 29-49. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2004.12.001

Cope, J., & Watts, G. (2000). Learning by doing: an exploration of experience, critical incidents and reflection in entrepreneurial learning. International Journal of Entrepreneurial Behaviour and Research, 6(3), 104-124. DOI: https://doi.org/10.1108/13552550010346208

Costa, P.T., Jr., & McCrae, R.R. (1992). Revised NEO personality inventory (NEO-PI-R) and NEO five-factor inventory (NEO-FFI) professional manual. Odessa, FL: Psychological Assessment Resources. Recuperado de http://cda.psych.uiuc.edu/multivariate_fall_2013/neo_mccrae_costa.pdf.

Crant, J.M. (1996). The proactive personality scale as a predictor of entrepreneurial intentions. Journal of Small Business Management, 34(1), 42-49.

Daft, R. L. (2010). Administração (2a ed.). (O. A. Hatue, Trad.) São Paulo: Cengage Learning.

Deakins, D., O’Neill, E., & Mileham, P. (2000). Executive learning in entrepreneurial firms and the role of external directors. Education and Training, 42(4/5), 317-325. DOI: https://doi.org/10.1108/00400910010347795

Delgado, N., Cruz, L., Pedrozo, E., & Silva, T. (2008). Empreendedorismo orientado a sustentabilidade: as inovações do caso Volkmann. Cadernos EBAPE. BR, 6(3), 1-21. DOI: https://doi.org/10.1590/S1679-39512008000300011

Digman, J. M. (1996). The curious history of the five-factor model. In J. S. Wiggins (Ed). The five-factor model of personality: Theoretical perspectives. New York, NY: Guilford Press.

Dolabela, F., & Filion, L. J. (2013). Fazendo revolução no Brasil: a introdução da pedagogia empreendedora nos estágios iniciais da educação. REGEPE-Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 3(2), 134-181. DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.v2i3.137

Faul, F., Erdfelder, E., Buchner, A., & Lang, A. G. (2009). Statistical power analyses using G*Power 3.1: Tests for correlation and regression analyses. Behavior Research Methods, 41(4), 1149-1160. DOI: https://doi.org/10.3758/BRM.41.4.1149

Ferreira, E. R. A. & Freitas, A. A. F.(2013). Propensão empreendedora entre estudantes participantes de empresas juniores. REGEPE-Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 3(2), 3-30. DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.v2i3.69

Figueiredo, C. C., Avrichir, I., & Barbosa, R. A. P. (2017). A Personalidade de empreendedores e gerentes de loja medida via teoria do Big Five. Revista Administração em Diálogo, 19(3), 70-94. DOI: https://doi.org/10.23925/2178-0080.2017v19i3.32986

Fiske, D. W. (1949). Consistency of the factorial structures of personality ratings from different sources. The Journal of Abnormal and Social Psychology, 44(3), 329-344. DOI: https://doi.org/10.1037/h0057198

Fornell, C., & Larcker, D. F. (1981). Evaluating Structural Equation Models with unobservable variables and measurement error. Journal of Marketing Research, 18(1), 39-50. DOI: https://doi.org/10.1177/002224378101800104

Geisser, S. (1974). A predictive approach to the random effects model. Biometrika, 61(1), 101-107. DOI: https://doi.org/10.1093/biomet/61.1.101

Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados (6a ed.) (A. S. Sant’Anna, Trad.). Porto Alegre: Bookman.

Hartman, R. O., & Betz, N. E. (2007). The five-factor model and career self-efficacy: general and domain-specific relationships. Journal of Career Assessment, 15(2), 145-161. DOI: https://doi.org/10.1177/1069072706298011

Henseler, J., Ringle, C. M., & Sarstedt, M. J. (2015). A new criterion for assessing discriminant validity in variance-based structural equation modeling. Journal of the Academy of Marketing Science, 43(1), 115-135. DOI: https://doi.org/10.1007/s11747-014-0403-8

Hisrich, R., Langan-Fox, J., & Grant, S. (2007) Entrepreneurship research and practice: A call to action for psychology. American Psychologist, 62, 575-589. DOI: https://doi.org/10.1037/0003-066X.62.6.575

Junior Achievement Brasil (2019). Histórico. Recuperado de http://www.jarn.org.br/quem.php.

Kuratko, D. F. (2005). The emergence of entrepreneurial education: Development, trends and challenges. Entrepreneurship Theory and Practice, 29(5), 577-598. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-6520.2005.00099.x

Lee, D., & Tsang, E. (2001). The effects of entrepreneurial personality, background and network activities on venture growth. Journal of Management Studies, 38(4), 583–602. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-6486.00250

Leutner, F., Ahmetoglu, G., Akhtar, R., & Chamorro-Premuzic, T. (2014). The relationship between the entrepreneurial personality and the Big Five personality traits. Personality and Individual Differences, 63, 58-63. DOI: https://doi.org/10.1016/j.paid.2014.01.042

Llewellyn, D. J., & Wilson, K. M. (2003). The controversial role of personality traits in entrepreneurial psychology. Education+Training, 45(6), 341-345. DOI: https://doi.org/10.1108/00400910310495996

Malhotra, N. K. (2006). Pesquisa de Marketing: Uma orientação aplicada (4a ed.). Porto Alegre: Bookman.

Man, T. W. Y. (2006). Exploring the behavioral patterns of entrepreneurial learning. Education+Training, 48(5), 309-321. DOI: https://doi.org/10.1108/00400910610677027

McCarthy, B. (2003). Strategy is personality driven, strategy is crisis driven: Insights from entrepreneurial firms. Management Decisions, 41(4), 327-339. DOI: https://doi.org/10.1108/00251740310468081

McDougall, W. (1930). Second report on a Lamarckian experiment. British Journal of Psychology, 20(3), 201–218. DOI: https://doi.org/10.1111/j.2044-8295.1930.tb00545.x

McDougall, W. (1932). Of the words character and personality. Journal of Personality, 1(1), 3–16. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-6494.1932.tb02209.x

Nordvik, H., & Brovold, H. (1998). Personality traits in leadership tasks. Scandinavian Journal of Psychology, 39(2), 61-64. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-9450.00057

Nunes, C. H. S., Hutz, C. S., & Giacomoni, C. H. (2009). Associação entre bem-estar subjetivo e personalidade dos cincos grandes fatores. Avaliação Psicológica, 8(1), 99-108.

Rae, D., & Carswell, M. (2000). Using a life-story approach in researching entrepreneurial learning: The development of a conceptual model and its implications in the design of learning experiences. Education and Training, 42(4/5), 220-227. DOI: https://doi.org/10.1108/00400910010373660

Rauch, A., & Frese, M. (2007). Let's put the person back into entrepreneurship research: A meta-analysis on the relationship between business owners' personality traits, business creation, and success. European Journal of Work and Organizational Psychology, 16(4), 353-385. DOI: https://doi.org/10.1080/13594320701595438

Ringle, C. M., Silva, D. & Bido, D. (2014). Modelagem de equações estruturais com utilização do SmartPLS. Revista Brasileira de Marketing, 13(2), 56-73. DOI: https://doi.org/10.5585/remark.v13i2.2717

Santos, P. C. F. (2008). Uma escala para identificar potencial empreendedor (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/91191/247610.pdf.

Shane, S., & Venkataraman, S. (2000). The promise of entrepreneurship as a field of research. Academy of Management Review, 25(1), 217-226. DOI: https://doi.org/10.5465/amr.2000.2791611

Silva, I. B., & Nakano, T. C. (2011). Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade: análise de pesquisas. Avaliação Psicológica, 10(1), 51-62.

Stone, M. (1974).Cross-Validatory Choice and Assessment of Statistical Predictions, Journal of the Royal Statistical Society, 36(2), 111-147. DOI: https://doi.org/10.1111/j.2517-6161.1974.tb00994.x

Trentini, C. M., Hutz, C. S., Bandeira, D. R., Teixeira, M. A. P., Gonçalves, M. T. A., & Thomazoni, A. R. (2009). Correlações entre a EFN-escala fatorial de neuroticismo e o IFP-inventário fatorial de personalidade. Avaliação Psicológica, 8(2), 209-217.

Tupes, E.C., & Christal, R.E. (1961). Recurrent personality factors based on trait ratings. Technical Report ASD-TR-61-97, Lackland Air Force Base, TX: Personnel Laboratory, Air Force Systems Command. Recuperado de https://apps.dtic.mil/dtic/tr/fulltext/u2/267778.pdf. DOI: https://doi.org/10.21236/AD0267778

Von Graevenitz, G., Harhoff, D., & Weber, R. (2010). The effects of entrepreneurship education. Journal of Economic Behavior & Organization, 76(1), 90-112. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jebo.2010.02.015

Yong, L. (2007). Emotional excellence in the workplace: Leonard Personality Inventory (LPI) personality profiling (Doctoral dissertation). Kuala Lumpur, Malaysia: Leonard Personality Incorporated.

Zhao, H., & Seibert, S. E. (2006). The big five personality dimensions and entrepreneurial status: a meta-analytical review. Journal of Applied Psychology, 91(2), 259-271. DOI: https://doi.org/10.1037/0021-9010.91.2.259

Published

2020-01-02

How to Cite

Barbosa, R. A. P., da Silva, E. A., Gonçalves, F. H. L., & de Morais, F. R. (2020). O Impacto da Educação Empreendedora na Intenção de Empreender: análise dos traços de personalidade. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 9(1), 124–158. https://doi.org/10.14211/regepe.v9i1.1589

Issue

Section

Research article (Theoretical-empirical)