Capacidade Relacional e Desenvolvimento de Novos Produtos em Pequenas Empresas de Base Tecnológica

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14211/regepe.v7i3.857

Palabras clave:

Capacidade Relacional, Aliança Estratégica, Desenvolvimento de Novos Produtos, Pequenas Empresas de Base Tecnológica, Biotecnologia

Resumen

A integração das atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), bem como a multidisciplinaridade dos conhecimentos gerados, contribuem para que as pequenas empresas de base tecnológica (PEBTs) busquem de forma contínua e colaborativa a inovação em seus produtos. Sendo assim, o amadurecimento da capacidade relacional a partir de alianças estratégicas pode ser relevante para a conquista de diferenciais competitivos a partir do desenvolvimento de novos produtos (DNP). Diante deste contexto, buscou-se responder à seguinte questão de pesquisa: como se dá a interação entre capacidade relacional e DNP? Para tal, delineou-se uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa realizada a partir de estudo de caso múltiplo com quatro PEBTs do setor de biotecnologia. Dados primários foram coletados a partir de entrevistas estruturadas e dados secundários foram obtidos a partir de documentos organizacionais, incluindo contratos, projetos e relatórios de DNP. Adotou-se a análise de conteúdo para interpretar os dados e foi utilizada uma estratégia analítica baseada em proposições teóricas que conduziram as discussões. Além disso, adotou-se o software Iramuteq para recuperação de corpus textuais e palavras. A partir da discussão dos resultados foi possível analisar como as PEBTs de biotecnologia planejam, estruturam, coordenam e sincronizam as alianças estratégicas contratuais para o DNP. Os resultados agregados também fundamentaram a proposição de um modelo descritivo sobre a capacidade relacional associada ao DNP, identificando suas interações e sinergias processuais, o que contribui para o avanço do conhecimento sobre gestão de alianças estratégicas para DNP em PEBTs.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

João Marcos Silva de Almeida, Universidade Nove de Julho - UNINOVE.

Mestre em Administração pela Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo, (Brasil). Professor do Ensino Superior da Universidade Nove de Julho - UNINOVE.

Priscila Rezende da Costa, Universidade Nove de Julho - UNINOVE.

Doutora em Administração pela Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, (Brasil). Professora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Nove de Julho - UNINOVE.

Sergio Silva Braga Junior, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP.

Doutor em Administração pela Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo, (Brasil). Professor do Programa de Pós-Graduação em Agronegócio e Desenvolvimento na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp, São Paulo. 

Geciane Silveira Porto, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FEA-RP/USP.

Doutora em Administração pela Universidade de São Paulo - São Pulo, (Brasil). Professora no Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações da Universidade de São Paulo – FEARP/USP.

Citas

Almus, M., & Nerlinger, E. A. (1999). Growth of new technology-based firms: which factors matter? Small business economics, v. 13(2), pp. 141-154. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1008138709724

Alves, F. S. (2015). Capacidades relacionais em cooperações para desenvolvimento de tecnologias com e sem fins lucrativos. Tese de doutorado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.

Anderson, A. R., Benavides-Espinosa, M. del M., & Mohedano-Suanes, A. (2011). Innovation in services through learning in a joint venture. The Service Industries Journal, v. 31(12), pp. 2019-2032. DOI: https://doi.org/10.1080/02642069.2011.558573

Audretsch, D. B. (2001). Research issues relating to structure, competition, and performance of small technology-based firms. Small business economics, v. 16(1), pp. 37-51. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1011124607332

BNDES. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (2014). Perspectivas do investimento 2015-2018 e panoramas setoriais. Disponível em: <http://www.pedbrasil.org.br/ped/artigos/2F11DABAD8B76964.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2016.

Bardin, L. (1979). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Barros, A. J. D. S., & Lehfeld, N. A. D. S. (2007). Fundamentos de metodologia científica. 2. ed. São Paulo.

Biklen, S. & Bogdan, R. C. (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Ed., pp. 134-301.

Bueno, B. & Balestrin, A. (2012). Collaborative innovation: an open approach in the development of new products. Revista de Administração de Empresas, v. 52(5), pp. 517-530. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75902012000500004

Camargo, A. A. B. D. & Meirelles, D. S. (2012). Capacidades Dinâmicas: o que são e como identificá-las. XXXVI EnAnpad. Rio de Janeiro

Camargo, B. V. & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, v. 21(2), pp. 513-518. DOI: https://doi.org/10.9788/TP2013.2-16

Carozzo, M. E., & Stirpe, L. (2017). Teams in small technology-based firms: The roles of diversity and conflict management. Journal of technology management & innovation, v. 12(2), pp. 11-17. DOI: https://doi.org/10.4067/S0718-27242017000200002

Chizzotti, A. (2010). Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez.

Cooper, G. F. (1990). The computational complexity of probabilistic inference using Bayesian belief networks. Artificial intelligence, v. 42(2-3), pp. 393-405. DOI: https://doi.org/10.1016/0004-3702(90)90060-D

Costa, P. R. da, Porto, G. S., & Silva, A. T. B. da. (2012). Capacidades dinâmicas de inovação e cooperação: aspectos da trajetória e da maturidade das multinacionais brasileiras. In: XV SEMEAD.

Cui, A. S., & O’Connor, G. (2012). Alliance portfolio resource diversity and firm innovation. Journal of Marketing, v. 76(4), pp. 24-43. DOI: https://doi.org/10.1509/jm.11.0130

Dahlstrand, Å. L. (1997). Growth and inventiveness in technology-based spin-off firms. Research policy, v. 26(3), pp. 331-344. DOI: https://doi.org/10.1016/S0048-7333(97)00016-4

Delbufalo, E., & Cerruti, C. (2012). Configuration and the capability of firms to innovate: A theoretical framework. International Journal of Management, v. 29(3), p. 16.

Donada, C., Nogatchewsky, G., & Pezet, A. (2015). Understanding the relational dynamic capability-building process. Strategic Organization, v. 14(2), pp. 93-117. DOI: https://doi.org/10.1177/1476127015615286

Dyer, J., & Kale, P. (2007). Relational capabilities: drivers and implications. Dynamic capabilities, Understanding strategic change in organizations, pp. 65-79.

Estrella, A., & Bataglia, W. (2013). A influência da rede de alianças no crescimento das empresas de biotecnologia de saúde humana na indústria brasileira. Organizações & Sociedade, v. 20(65). DOI: https://doi.org/10.1590/S1984-92302013000200008

Feller, J., Parhankangas, A., Smeds, R., & Jaatinen, M. (2013). How companies to collaborate: Emergence of improved inter-organizational processes in R&D alliances. Organization Studies, v. 34(3), pp. 313-343. DOI: https://doi.org/10.1177/0170840612464758

Fernandes, A. C., Côrtes, M. R., & Pinho, M. (2016). Caracterização das pequenas e médias empresas de base tecnológica em São Paulo: uma análise preliminar. Economia e Sociedade, v. 13(1), pp. 151-173

Gibbons, R., & Henderson, R. (2012). Relational contracts and organizational capabilities. Organization Science, v. 23(5), pp. 1350-1364. DOI: https://doi.org/10.1287/orsc.1110.0715

Gil, A. C. (2005). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.

Hagedoorn, J., Lokshin, B., & Malo, S. (2018). Alliances and the innovation performance of corporate and public research spin-off firms. Small Business Economics, v. 50(4), pp. 763-781. DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-017-9894-2

Heimeriks, K. H., & Duysters, G. M. (2007). Alliance capability as a mediator between experience and alliance performance: An empirical investigation into the alliance capability development process. Journal of Management Studies, v. 44(1), pp. 25-49. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.2006.00639.x

Heimeriks, K. H., & Duysters, G. M. (2003). Experience and Capabilities to Explain Alliance Performance: Substitutes or Complements. Eindhoven Centre for Innovation Studies (ECIS), Eindhoven University of Technology, The Netherlands.

Helfat, C. E., Finkelstein, S., Mitchell, W., Peteraf, M., Singh, H., Teece, D., & Winter, S. G. (2009). Dynamic Capabilities: Understanding strategic change in organizations. John Wiley & Sons.

Kale, P., & Singh, H. (2007). Building firm capabilities through learning: the role of the alliance learning process in alliance capability and firm-level alliance success. Strategic Management Journal. V. 28(10), pp. 981-1000. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.616

Koen, P., Ajamian, G., Burkart, R., Clamen, A., Davidson, J., D'Amore, R., & Karol, R. (2001). Providing clarity and a common language to the “fuzzy front end”. Research-Technology Management, v. 44(2), pp. 46-55. DOI: https://doi.org/10.1080/08956308.2001.11671418

Laage-Hellman, J., Landqvist, M., & Lind, F. (2018). Business creation in networks: How a technology-based start-up collaborates with customers in product development. Industrial Marketing Management, v. 70, pp. 13-24. DOI: https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2017.07.009

Lin, H., & Darnall, N. (2015). Strategic alliance formation and structural configuration. Journal of Business Ethics, v. 127(3), pp. 549-564. DOI: https://doi.org/10.1007/s10551-014-2053-7

Lorenzoni, G., & Lipparini, A. (1999). The leveraging of interfirm relationships as a distinctive organizational capability: a longitudinal study. Strategic Management Journal, v. 20(4), pp. 317-338. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-0266(199904)20:4<317::AID-SMJ28>3.0.CO;2-3

McGrath, H. (2008). Developing a relational capability construct for SME network marketing using cases and evidence from Irish and Finnish SMEs (Doctoral dissertation, Waterford Institute of Technology).

Meyer, M. H., & Roberts, E. B. (1986). New product strategy in small technology-based firms: A pilot study. Management Science, v. 32(7), pp. 806-821. DOI: https://doi.org/10.1287/mnsc.32.7.806

Miles, G., Preece, S. B., & Baetz, M. C. (1999). Dangers of dependence: the impact of strategic alliance use by small technology-based firms. Journal of Small Business Management, v. 37(2), p. 20.

Moon, H. S., & Lee, S. M. (2017). Vertical alliance portfolios and the business performance of small technology-based firms. Technology Analysis & Strategic Management, v. 29(4), pp. 462-475. DOI: https://doi.org/10.1080/09537325.2016.1216537

Niesten, E., & Jolink, A. (2015). The impact of alliance management capabilities on alliance attributes and performance: a literature review. International Journal of Management Reviews, v. 17(1), pp. 69-100. DOI: https://doi.org/10.1111/ijmr.12037

Ortiz-de-Urbina-Criado, M., Montoro-Sánchez, A., & Mora-Valentín, E.-M. (2014). Impact of growth strategy on mode of governance in alliances. International Business Review, v. 23(4), pp. 838-848. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2014.01.002

Pisano, G. P. (1991). The governance of innovation: vertical integration and collaborative arrangements in the biotechnology industry. Research Policy, v. 20(3), pp. 237-249. DOI: https://doi.org/10.1016/0048-7333(91)90054-T

Pisano, G. P. (2006). Science business: the promise, the reality, and the future of biotech. Harvard Business Press. Chesbrough, H. (2003). The logic of open innovation: managing intellectual property. California Management Review, v. 45(3), pp. 33-58. DOI: https://doi.org/10.2307/41166175

Richardson, R. J. (1999). Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo, Atlas.

Rozenfeld, H., Forcellini, F. A., Amaral, D. C., Toledo, J. C., Silva, S. L., Alliprandini, D. H., & Scalice, R. K. (2006). Gestão de Desenvolvimento de Produtos: uma referência para a melhoria do Processo. 1. ed. São Paulo: Saraiva.

Saemundsson, R. J., & Candi, M. (2017). Absorptive capacity and the identification of opportunities in new technology-based firms. Technovation, v. 64, pp. 43-49. DOI: https://doi.org/10.1016/j.technovation.2017.06.001

Schilke, O., & Cook, K. S. (2015). Sources of alliance partner trustworthiness: Integrating calculative and relational perspectives. Strategic Management Journal, v. 36(2), pp. 276-297. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.2208

Schilke, O., & Goerzen, A. (2010). Alliance management capability: an investigation of the construct and its measurement. Journal of Management, v. 36(5), pp. 1192-1219. DOI: https://doi.org/10.1177/0149206310362102

Storey, D. J., & Tether, B. S. (1998). New technology-based firms in the European Union: an introduction. Research policy, v. 26(9), pp. 933-946. DOI: https://doi.org/10.1016/S0048-7333(97)00052-8

Teece, D. J. (2009). Dynamic capabilities and strategic management: Organizing for innovation and growth. Oxford University Press on Demand.

Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic management journal, v. 18(7), pp. 509-533. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-0266(199708)18:7<509::AID-SMJ882>3.0.CO;2-Z

Tumelero, C., Sbragia, R., Borini, F. M., & Franco, E. C. (2018). The role of networks in technological capability: a technology-based companies perspective. Journal of Global Entrepreneurship Research, v. 8(1), pp. 7. DOI: https://doi.org/10.1186/s40497-018-0095-5

Walsh, J. P., Lee, Y. N., & Nagaoka, S. (2016). Openness and innovation in the US: Collaboration form, idea generation and implementation. Research Policy, 45(8), 1660-1671. DOI: https://doi.org/10.1016/j.respol.2016.04.013

Walter, S. G., Walter, A., & Müller, D. (2015). Formalization, communication quality, and opportunistic behavior in R&D alliances between competitors. Journal of Product Innovation Management, v. 32(6), pp. 954-970. DOI: https://doi.org/10.1111/jpim.12209

Wang, G., Dou, W., Zhu, W., & Zhou, N. (2015). The effects of firm capabilities on external collaboration and performance: The moderating role of market turbulence. Journal of Business Research, v. 68(9), pp. 1928-1936. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2015.01.002

Wang, Y., & Rajagopalan, N. (2015). Alliance capabilities review and research agenda. Journal of Management, v. 41(1), pp. 236-260. DOI: https://doi.org/10.1177/0149206314557157

Yan, Y., Zhang, S. H., & Zeng, F. (2010). The exploitation of an international firm’s relational capabilities: an empirical study. Journal of Strategic Marketing, v. 18(6), pp. 473-487. DOI: https://doi.org/10.1080/0965254X.2010.525251

Yin, R. K. (2010). Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Bookman Editora.

Zollo, M., & Winter, S. G. (2002). Deliberate learning and the evolution of dynamic capabilities. Organization science, v. 13(3), pp. 339-351. DOI: https://doi.org/10.1287/orsc.13.3.339.2780

Publicado

06-09-2018

Cómo citar

Almeida, J. M. S. de, Costa, P. R. da, Braga Junior, S. S., & Porto, G. S. (2018). Capacidade Relacional e Desenvolvimento de Novos Produtos em Pequenas Empresas de Base Tecnológica. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 7(3), 141–166. https://doi.org/10.14211/regepe.v7i3.857

Número

Sección

Artículo de investigación (Teórico-empírico)