A saga da Tink: Será a vez da governança corporativa?

Autores

  • Eleandra Maria Prigol Meneghini Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí/SC, Brasil https://orcid.org/0000-0002-2961-882X
  • Ana Paula Pereira dos Passos Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí/SC, Brasil https://orcid.org/0000-0003-0684-8582
  • Jeferson Lana Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí/SC, Brasil https://orcid.org/0000-0002-9787-1114

DOI:

https://doi.org/10.14211/regepe.v10i1.1850

Palavras-chave:

Empresa Multifamiliar, Conflitos de Interesse, Assimetria de Informação, Governança Corporativa, Casos para Ensino

Resumo

Objetivo: Promover a reflexão sobre os benefícios e os desafios do processo de implantação dos mecanismos e das práticas adequadas de governança corporativa em uma empresa multifamiliar. Método: O caso foi baseado em problemas reais de uma organização multifamiliar de capital fechado e, para a sua construção, foram desenvolvidas narrativas fictícias. Originalidade/relevância: Empresas multifamiliares potencializam a existência de conflitos, em função da pluralidade de sócios frente à gestão e ao controle corporativo. Neste caso para ensino, são apresentados alguns desses dilemas, e como a governança corporativa pode os evitar, mitigar ou sanar, de forma a encontrar o alinhamento entre os sócios familiares. Resultados: Conflitos de interesses e assimetrias de informação indicaram a necessidade de novas soluções para a continuidade dos negócios, dentre as quais, está a possibilidade de implantação dos mecanismos e de práticas adequadas de governança corporativa. Contribuições teóricas/metodológicas: Espera-se que o aluno compreenda a necessidade de considerar, na tomada de decisão, os ganhos e as perdas inerentes às particularidades da organização, como a sua composição acionária, sua maturidade e a proteção do capital e da propriedade.

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Biografia do Autor

Eleandra Maria Prigol Meneghini, Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí/SC, Brasil

Eleandra Maria Prigol Meneghini é doutoranda em Estratégia Empresarial no Programa de Pós-Graduação em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Mestra em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da UNIVALI (2020). Especialista lato sensu MBA Executivo em Economia e Gestão: Agronegócio, FGV (2016). Graduada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior - Universidade do Oeste de Santa Catarina (2002). Professora contratada pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2016 - 2017). Experiência profissional na iniciativa privada do ramo alimentício (1994 - 2016). Membro do Grupo de Estudos sobre Estratégia e Performance - GEEP (UNIVALI). Pesquisadora na área de Estratégias organizacionais; Organização Industrial (IO); Estratégias de não mercado (Nonmarket strategy): Atividade política corporativa (CPA), Responsabilidade social corporativa (RSC); Governança corporativa e Cooperativismo.

Ana Paula Pereira dos Passos, Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí/SC, Brasil

Ana Paula Pereira dos Passos é doutoranda, Mestra e Graduada em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Membro do Grupo de Estudos sobre Estratégia e Performance (GEEP). Professor-pesquisador associado no Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE) da Universidade de São Paulo (USP). Tutora externa no curso de Administração e Ciências Contábeis do Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI). Assistente de Pesquisa de projetos desenvolvidos pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV) e Wharton Business School (UPenn). Responsável pelo IG intitulado SOS da Pesquisa Científica. Estudos recentes concentram-se nos temas de atividade política corporativa, responsabilidade social corporativa e governança corporativa.    

Jeferson Lana, Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí/SC, Brasil

Jeferson Lana é doutor em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - FGV/EAESP (2013-2017). Bolsista do Programa Capes/Fulbright de Doutorado Sanduíche na The Wharton School (University of Pennsylvania), Philadelphia, PA, USA (2015/2016). Mestre em Administração pela UNIVALI/SC (2013). Pós-graduado em Gestão Financeira com ênfase em Mercado de Capitais pela Fundação Getúlio Vargas (2010). Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Educacional de Brusque - Unifebe(2007). É profissional aprovado pela ANBID/Anbima (Associação Nacional dos Bancos de investimento) CPA-20. Administrador de empresas e Consultor do grupo Rovian. Também é consultor financeiro pessoal e de finanças empresariais. Docente do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) e do Programa de Mestrado Profissional em Gestão, Internacionalização e Logística (PMPGIL) da UNIVALI em matérias relacionadas a Métodos Quantitativos, Finanças e Investimentos Financeiros. Lecionou em nível de graduação no Grupo Uniasselvi/ASSEVIM (Kroton) entre 2008 e 2012. Também lecionou no Centro Universitário de Brusque - Unifebe (2012) e na Saint Paul Educacional em São Paulo/SP durante 2014. Atua como professor visitante em nível de especialização (MBAs) na Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, UNOESC, SENAC, entre outras.  

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Publicado

25-12-2020

Como Citar

Meneghini, E. M. P., Passos, A. P. P. dos, & Lana, J. (2020). A saga da Tink: Será a vez da governança corporativa?. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 10(1), e1850. https://doi.org/10.14211/regepe.v10i1.1850

Edição

Seção

Caso de ensino

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