A capacidade absortiva e a difusão da inovação em NEBTs e startups: Um estudo no Distrito Federal brasileiro

Autores

DOI:

10.14211/regepe.esbj.e2238

Palavras-chave:

Capacidade absortiva, Inovação, Difusão tecnológica, Startups, Novas empresas de base tecnológica

Resumo

Objetivo: Verificar a contribuição da Capacidade Absortiva (ACAP) para a difusão da inovação em Novas Empresas de Base Tecnológica (NEBTs) e startups estabelecidas no Distrito Federal brasileiro. Método: Estudo de entrevistas em profundidade com 20 empreendimentos inovadores, 12 (doze) startups e 8 (oito) NEBTs. Os resultados discutem dois itens de análise: Análise do perfil dos empreendimentos e a Análise da Classificação Hierárquica Descendente (CHD) e de conteúdo, em uma perspectiva comparativa acerca de 14 categorias temáticas. Resultados: Observou-se que fatores de desenvolvimento do Potencial da Capacidade Absortiva (PACAP) atuam como antecedentes da difusão da inovação. Já os fatores relacionados à Capacidade Absortiva Realizada (RACAP) estão envolvidos diretamente com a difusão da inovação, com destaque para a capacidade de gerar resultados de inovação por meio de canais de introdução mercadológica, adoção de novas tecnologias e investimentos financeiros. Contribuições teóricas/metodológicas: O estudo contribui para o campo teórico, ainda carente de produção especialmente regional, sobre a relação entre os construtos investigados no contexto de empreendimentos inovadores. Mecanismos de apoio, podem obter insights para aprimorarem o suporte oferecido que facilitem o acesso ao conhecimento a ser absorvido para sua conversão em inovações. Relevância/originalidade: A pesquisa amplia a compreensão da relação entre a ACAP e a difusão da inovação, envolvendo a absorção de conhecimento e a dinâmica destes construtos por meio de fatores críticos em contextos específicos ainda pouco investigados, como nas NEBTs e startups envolvendo ecossistemas regionais de inovação. Contribuições gerenciais/sociais: A investigação empírica e fatores abordados fornecem possíveis implicações gerenciais para práticas dos próprios empreendimentos ao desenvolverem inovações, bem como para o planejamento, desenvolvimento ou para o fortalecimento de ambientes e políticas de apoio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruno Alencar Pereira, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil

é professor e pesquisador em empreendedorismo e inovação no Colégio de Negócios, Governo e Direito na Flinders University, Adelaide, Austrália. Possui Doutorado pela Universidade de Brasília, Mestrado pela Universidade Federal de Goiás, Especialização pela Uniderp-UniAnhanguera e Graduação pela Faculdade Anhanguera de Anápolis. Suas áreas de interesse incluem Empreendedorismo, Inovação e Transformação da Indústria. É membro do Instituto Australiano de Transformação da Indústria e da Sociedade Australiana de Computação.

Josivania Silva Farias, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil

é professora associada da Universidade de Brasília, atuando como docente no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/UnB) e na Graduação em Administração da UnB (FACE/ADM). Possui Doutorado pela Universidade de Brasília, Estágio Pós-doutoral como pesquisadora visitante na Universidad Complutense de Madrid, Mestrado, Especialização, e Graduação pela Universidade Federal de Sergipe, e MBA pela Fundação Getúlio Vargas (RJ). Suas áreas de interesse incluem Administração, com ênfase em Marketing de Serviços e Inovação em Serviços (no setor público e privado). É líder do Grupo de Pesquisa: LInseLab - Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Inovação e Serviços, certificado pelo CNPq.

Referências

ABStartups - Associação Brasileira de Startups. (2019). Associação Brasileira de Startups: Mapeamento de Comunidades região Centro-Oeste. https://abstartups.com.br/mapeamento-Centro-Oeste/

Anatoliivna, V. O. (2013). Absorptive capacity in organizational theories: Learning, innovation, managerial cognition. Marketing & Management of Innovations, 4, 190-199. https://doi.org/10.21272/mmi.2013.4-18

Aribi, A., & Dupouët, O. (2015). The role of organizational and social capital in the firm’s absorptive capacity. Journal of Knowledge Management, 19(5), 987-1006. https://doi.org/10.1108/JKM-05-2015-0169

Bardin, L (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições.

Barnett, J., Vasileiou, K., Djemil, F., Brooks, L., & Young, T. (2011). Understanding innovators' experiences of barriers and facilitators in implementation and diffusion of healthcare service innovations: A qualitative study. BMC Health Services Research, 11(1), 342-342. https://doi.org/10.1186/1472-6963-11-342

Benson, D., & Ziedonis, R. H. (2009). Corporate Venture Capital as a Window on New Technologies: Implications for the Performance of Corporate Investors When Acquiring Startups. Organization Science, 20(2), 329-351. https://doi.org/10.1287/orsc.1080.0386

Blank, S., & Dorf, B. (2012). The step-by-step guide for building a great company. Pescadero, Calif: K&S Ranch, Inc.

Burcharth, A. L. L. A., Lettl, C., & Ulhøi, J. P. (2015). Extending organizational antecedents of absorptive capacity: Organizational characteristics that encourage experimentation. Technological Forecasting and Social Change, 90, 269-284. https://doi.org/10.1016/j.techfore.2013.12.024

Camargo, B. V. (2005). ALCESTE: Um programa informático de análise quantitativa de dados textuais. In A. S. P. Moreira, B. V. Camargo, J. C. Jesuíno, & S. M. Nóbrega (Eds.), Perspectivas teórico-metodológicas em representações sociais (pp. 511-539). João Pessoa, PB: Editora da Universidade Federal da Paraíba.

Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, 21(2), 513-518. https://doi.org/10.9788/TP2013.2-16

Camisón, C., & Forés, B. (2010). Knowledge absorptive capacity: New insights for its conceptualization and measurement. Journal of Business Research, 63(7), 707-715. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2009.04.022

Chung, D., Jung, H., & Lee, Y. (2021). Investigating the relationship of high-tech entrepreneurship and innovation efficacy: The moderating role of absorptive capacity. Technovation, 111, 102393. https://doi.org/10.1016/j.technovation.2021.102393

Cohen, W., & Levinthal, D. (1990). Absorptive Capacity: A New Perspective on Learning and Innovation. Administrative Science Quarterly, 35(1), 128-152. https://doi.org/10.2307/2393553

Cuvero, M., Granados, M. L., Pilkington, A., & Evans, R. D. (2019). The effects of knowledge spillovers and accelerator programs on the product innovation of high-tech startups: A multiple case study. IEEE Transactions on Engineering Management, 1-14. https://doi.org/10.1109/TEM.2019.2923250

Dabic, M., Vlacic, E., Ramanathan, U., & Egri, C. P. (2020). Evolving absorptive capacity: The mediating role of systematic knowledge management. IEEE Transactions on Engineering Management, 67(3), 783-793. https://doi.org/10.1109/TEM.2019.2893133

Deeds, D. L. (2001). The role of P&D intensity, technical development and absorptive capacity in creating entrepreneurial wealth in high technology startups. Journal of Engineering and Technology Management, 18(1), 29-47. https://doi.org/10.1016/S0923-4748(00)00032-1

Flechas Chaparro, X. A., Kozesinski, R., & Salles Camargo Júnior, A. (2021). Absorptive capacity in startups: A Systematic literature review. Journal of Entrepreneurship, Management and Innovation, 17(1), 57-95. https://doi.org/10.7341/20211712

Flor, M. L., Cooper, S. Y., & Oltra, M. J. (2017). External knowledge search, absorptive capacity and radical innovation in high-technology firms. European Management Journal, 1-12. https://doi.org/10.1016/j.emj.2017.08.003

Fontanella, B. J. B., Luchesi, B. M., Saidel, M. G. B., Ricas, J., Turato, E. R., & Melo, D. G. (2011). Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cadernos de Saúde Pública, 27(2), 388-394. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2011000200020

Fukugawa, N. (2013). University spillovers into small technology-based firms: channel, mechanism, and geography. Journal of Technology Transfer, 38(4), 415-431. https://doi.org/10.1007/s10961-012-9247-x

Garengo, P. (2019-2018). How bridging organisations manage technology transfer in SMEs: An empirical investigation. Technology Analysis & Strategic Management, 31(4), 477-491. https://doi.org/10.1080/09537325.2018.1520976

Ho, H., Osiyevskyy, O., Agarwal, J., & Reza, S. (2020). Does ambidexterity in marketing pay off? The role of absorptive capacity. Journal of Business Research, 110, 65-79. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.12.050

Hötte, K. (2020). How to accelerate green technology diffusion? directed technological change in the presence of coevolving absorptive capacity. Energy Economics, 85, 104565. https://doi.org/10.1016/j.eneco.2019.104565

Hughes, P., Hodgkinson, I. R., Hughes, M., & Arshad, D. (2017). Explaining the entrepreneurial orientation–performance relationship in emerging economies: The intermediate roles of absorptive capacity and improvisation. Asia Pacific Journal of Management, 1-29. https://doi.org/10.1007/S10490-017-9539-7

Jantunen, A. (2005). Knowledge‐processing capabilities and innovative performance: an empirical study. European Journal of Innovation Management, 8(3), 336-349. https://doi.org/10.1108/14601060510610199

Kato, M. (2020). Founders’ human capital and external knowledge sourcing: Exploring the absorptive capacity of startup firms. Economics of Innovation and New Technology, 29(2), 184-205. https://doi.org/10.1080/10438599.2019.1598670

Larrañeta, B., Galán González, J. L., & Aguilar, R. (2017). Early efforts to develop absorptive capacity and their performance implications: differences among corporate and independent ventures. The Journal of Technology Transfer, 42(3), 485-509. https://doi.org/10.1007/s10961-016-9488-1

Li, Y., Youtie, J., & Shapira, P. (2015). Why do technology firms publish scientific papers? The strategic use of science by small and midsize enterprises in nanotechnology. The Journal of Technology Transfer, 40, 1016. https://doi.org/10.1007/s10961-014-9391-6

Lindelöf, P., & Löfsten, H. (2003). Science park location and new technology-based firms in Sweden–implications for strategy and performance. Small Business Economics, 20(3), 245-258. https://doi.org/10.1023/A:1022861823493

Luo, B. N., Lui, S. S., & Kim, Y. (2017). Revisiting the relationship between knowledge search breadth and firm innovation: A knowledge transfer perspective. Management Decision, 55(1), 2-14. https://doi.org/10.1108/MD-07-2015-0327

Malik, K., & Wei, J. (2011). How external partnering enhances innovation: evidence from Chinese technology-based SMEs. Technology Analysis & Strategic Management, 23(4), 401-413. https://doi.org/10.1080/09537325.2011.558398

Marcon, A., & Ribeiro J. L. D. (2021). How do startups manage external resources in innovation ecosystems? A resource perspective of startups’ lifecycle. Technological Forecasting and Social Change, 171, 120965. https://doi.org/10.1016/j.techfore.2021.120965

Mason, G., Rincon-Aznar, A., & Venturini, F. (2020). Which skills contribute most to absorptive capacity, innovation and productivity performance? Evidence from the US and Western Europe. Economics of Innovation and New Technology, 29(3), 223-241. https://doi.org/10.1080/10438599.2019.1610547

Motohashi, K. (2005). University–industry collaborations in Japan: The role of new technology-based firms in transforming the National Innovation System. Research Policy, 34:, 583-594. https://doi.org/10.1016/j.respol.2005.03.001

Nooteboom, B., Van Haverbeke, W., Duysters, G., Gilsing, V., & Van den Oord, A. (2007). Optimal cognitive distance and absorptive capacity. Research Policy, 36(7), 1016-1034. https://doi.org/10.1016/j.respol.2007.04.003

Mueller, P. (2007). Exploiting entrepreneurial opportunities: The impact of entrepreneurship on growth. Small Business Economics, 28(4), 355-362. https://doi.org/10.1007/s11187-006-9035-9

Rogers, E. M. (1983). Diffusion of innovations. New York: The Free Press.

Rothaermel, F. T., & Thursby, M. (2005). University–incubator firm knowledge flows: assessing their impact on incubator firm performance. Research Policy, 34(3), 305-320. https://doi.org/10.1016/j.respol.2004.11.006

Salviati, M. (2017). Manual do Aplicativo Iramuteq (versão 0.7 Alpha 2 e R Versão 3.2.3). http://www.iramuteq.org/documentation/fichiers/manual-do-aplicativo-iramuteq-par-maria-elisabeth-salviati

Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (2019). Confira as diferenças entre microempresa, pequena empresa e MEI. https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD

Serrano-Bedia, A. M., López-Fernández, M. C., & García-Piqueres, G. (2012). Complementarity between innovation activities and innovation performance: Evidence from Spanish innovative firms. Journal of Manufacturing Technology Management, 23(5), 557-577. https://doi.org/10.1108/17410381211234408

Sheng, M. L., & Chien, I. (2016). Rethinking organizational learning orientation on radical and incremental innovation in high-tech firms. Journal of Business Research, 69(6), 2302-2308. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2015.12.046

Souza, M. A. R., Wall, M. L., Thuler, A. C. M. C., Lowen, I. M. V., & Peres, A. M. (2018). O uso do software IRAMUTEQ na análise de dados em pesquisas qualitativas. Revista da Escola de Enfermagem da USP; 52. http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2017015003353

Teigland, R., Gangi, P. M., Flåten, B., Giovacchini, B., & Pastorino, N. (2014). Balancing on a tightrope: Managing the boundaries of a firm-sponsored OSS community and its impact on innovation and absorptive capacity. Information and Organization, 24(1), 25-47. https://doi.org/10.1016/j.infoandorg.2014.01.001

Ubeda, F. M., Ortiz-de-Urbina-Criado, M., & Mora-Valentín, E. (2019). Do firms located in science and technology parks enhance innovation performance? The effect of absorptive capacity. The Journal of Technology Transfer, 44(1), 21-48. https://doi.org/10.1007/s10961-018-9686-0

Veugelers, R., & Cassiman, B. (1999). Make and buy in innovation strategies: evidence from Belgian manufacturing firms. Research Policy, 28(1), 63-80. https://doi.org/10.1016/S0048-7333(98)00106-1

von Briel, F., Schneider, C., & Lowry, P. B. (2019). Absorbing Knowledge from and with External Partners: The Role of Social Integration Mechanisms. Decision Science, 50(1), 7-45. https://doi.org/10.1111/deci.12314

Wang, Z., Wang, Q., Zhao, X., Lyles, M. A., & Zhu, G. (2016). Interactive effects of external knowledge sources and internal resources on the innovation capability of Chinese manufacturers. Industrial Management & Data Systems, 116(8), 1617-1635. https://doi.org/10.1108/IMDS-10-2015-0412

Yang, D., Li, L., Jiang, X., & Zhao, J. (2019). The fit between market learning and organizational capabilities for management innovation. Industrial Marketing Management, 86, 223-232. https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2019.12.007

Zahra S. A., & George, G. (2002). Absorptive capacity: a review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, 27, 185-203. https://doi.org/10.2307/4134351

Zheng, Y., Liu, J., & George, G. (2010). The dynamic impact of innovative capability and inter-firm network on firm valuation: A longitudinal study of biotechnology startups. Journal of Business Venturing, 25(6), 593-60. https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2009.02.001

Publicado

12-04-2023

Métricas


Visualizações do artigo: 461     pdf downloads: 88 Viewer (xml, epub, html) downloads: 0 Mobile downloads: 0

Como Citar

Pereira, B. A., & Farias, J. S. (2023). A capacidade absortiva e a difusão da inovação em NEBTs e startups: Um estudo no Distrito Federal brasileiro. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 12(1), e2238. https://doi.org/10.14211/regepe.esbj.e2238

Edição

Seção

Artigo de pesquisa (Teórico-empírico)

Artigos Semelhantes

<< < 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.