A Contribuição do Empreendedorismo para o Crescimento Econômico dos Estados Brasileiros
DOI:
10.14211/regepe.v6i3.552Palabras clave:
Empreendedorismo, Crescimento Econômico, Painel Dinâmico.Resumen
Devido às evidentes desigualdades interestaduais e inter-regionais relativas ao desempenho econômico dos estados brasileiros, objetivou-se com este estudo compreender os efeitos do empreendedorismo sobre o crescimento econômico do Brasil e verificar se tais efeitos se diferem entre os estados. Para este fim, estimou-se um modelo por dados em painel dinâmico com o Método dos Momentos Generalizados (GMM) e efeitos fixos com as variáveis “PIB per capita, número de trabalhadores por conta própria, volume de comércio internacional, população, despesas governamentais, analfabetismo e despesas de capital”, dos 26 estados do Brasil mais o Distrito Federal. O período foi de 2001 a 2011, devido à disponibilidade de dados para todas as variáveis. Constatou-se que, seja por inovação ou por promoção de novos negócios, o empreendedorismo é um fator de crescimento econômico, além de ser complementar aos outros fatores determinantes; tem papel semelhante para todos os estados, independente se o estado tem maior ou menor tamanho econômico; e que seus efeitos sobre o crescimento das Unidades da Federação são, no geral, homogêneos e positivos. Assim, conclui-se que no caso dos estados do Brasil, mesmo para os mais pobres, o empreendedorismo mostrou-se favorável ao crescimento econômico.
Descargas
Citas
Acs, Z. J. P., Arenius, M. H., & Minniti, M. (2005). Global Entrepreneurship Monitor: 2004 Executive Report, Babson College and London Business School.
Acs, Z. J. (2006). How is Entrepreneurship Good for Economic Growth? Innovations, 1(1), 97-107. DOI: https://doi.org/10.1162/itgg.2006.1.1.97
Acs, Z. J., & Armington, C. (2006). Entrepreneurship, Geography and American Economic Growth. Cambridge, Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511510816
Arellano, M., & Bover, O. (1995). Another Look at the Instrumental-Variable Estimation of Error-Components Model. Journal of Econometrics, 68(1), 29-52. DOI: https://doi.org/10.1016/0304-4076(94)01642-D
Arellano, M. (2003). Panel Data Econometrics: Advanced Texts in Econometrics. Oxford University Press, New York. DOI: https://doi.org/10.1093/0199245282.001.0001
Arellano, M., & Bond, S. (1991). Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and application to employment equations. The Review of Economic Studies, 58(2), 277-297. DOI: https://doi.org/10.2307/2297968
Audretsch, D. B., Keilbach, M. C., & Lehmann, E. E.(2006). Entrepreneurship and Economic Growth. Oxford University Press, New York. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780195183511.001.0001
Barros, A. A., & Pereira, C. M. M. A. (2008). Empreendedorismo e crescimento econômico: uma análise empírica. RAC, Curitiba, 12(4), 975-993. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-65552008000400005
Blundell, R., & Bond, S. (1998). Initial Conditions and Moment Restrictions in Dynamic Panel Data Model. Journal of Econometrics. 87(1), 115-143. DOI: https://doi.org/10.1016/S0304-4076(98)00009-8
Baltagi, B. H. (2005). Econometric Analysis of Panel Data (3th Edition). Wiley. 293p.
Bittar, F. S. O., Bastos, L. T., Moreira, V. L. (2014). Reflexões sobre o empreendedorismo: uma análise crítica na perspectiva da economia das organizações. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, v. 7, n. 1, p. 65-80, mar. DOI: https://doi.org/10.5902/198346597318
Boava, D. L. T., Macedo, F. M. F. (2011). Empreendedorismo explicitado à maneira dos filósofos. In: ENCONTRO DE ESTUDOS EM ESTRATÉGIA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 5., 2011, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: ANPAD, p. 1-18.
Bula, H. O. (2012). Evolution and theories of entrepreneurship: a critical review on the Kenyan perspective. International Journal of Business and Commerce, Lahore, v. 1, n. 11, p. 81-96, July.
Campelli, M.G.R., Filho, N.C., Barbejat, M.E.R.P., Moritz, G. O. (2011). Empreendedorismo no Brasil: situação e tendências. Revista de Ciências da Administração, v. 13, n. 29, p. 112-132, jan/abr 2011 DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8077.2011v13n29p133
Carree, M. A., & Thurik, A. R. (2010). Handbook of Entrepreneurship Research, International Handbook Series on Entrepreneurship 5, Editores: Acs, Z. J., & Audretsch, D. B. Springer Science+Business Media, LLC.
Diefenbach, F. E. (2011). Entrepreneurship in the public sector: when middle managers create public value. Saint Gallen: Gabler Verlag Wiesbaden, 230 p. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-8349-6816-6
Faia, V. da S., Rosa, M. A. G.; Machado, H. P. V. (2014). Alerta empreendedor e as abordagens causation e effectuation sobre empreendedorismo. Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 18, n. 2, p. 196-216, abr. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-65552014000200006
Filion, L. J. (1999). Diferenças Entre Sistemas Gerenciais De Empreendedores E Operadores De Pequenos Negócios. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 39, n. 4, Out./Dez. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75901999000400002
Greene, W. (2008). Econometric analysis (6th ed). New Jersey: Prentice Hall, 1232p.
Global Entrepreneurship Monitor. (2016). Global entrepreneurship monitor. Empreendedorismo no Brasil (Relatório Nacional). Curitiba: Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, Paraná.
Grosman, G., & Helpman, E. (1990). Comparative advantage and long-run growth. American Economic Review. 80(4), 796-815.
Hart, D. M. (2003). The Emergence of Entrepreneurship Policy: Governance, Start-ups, and Growth in the U.S. Knowledge Economy. Cambridge, Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511610134
Hévert, R.; Link, A. (1989). In search of the meaning of entrepreneurship. Small Business Economics, Dordrecht, 1, 39-44. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00389915
Holcombe, R. G. (1998). Entrepreneurship and economic growth. The Quarterly Journal of Austrian Economics, 1(2), 45-62. DOI: https://doi.org/10.1007/s12113-998-1008-1
Hsiao, C. (2003). Analysis of Panel Data: Econometric Society Monographs (2a ed.). Cambridge University Press.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estatísticas. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: jul. de 2016.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Ipeadata. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br>. Acesso em: jul. de 2016.
Iistake, M. (2003). Comércio externo e interno do Brasil e das suas macrorregiões: um teste do teorema de Heckscher-Ohlin. (Tese Doutorado em Economia Aplicada). Universidade de São Paulo, Piracicaba, Brasil.
Kirzner, I. M. (1973). Competition and Entrepreneurship. Chicago, University of Chicago Press.
Kirzner, I. M. (1979). Perception, opportunity, and profit: studies in the theory of entrepreneurship. Chicago: The University of Chicago Press, 274 p.
Knight, F. H. (1921). Risk, uncertainty and profit. New York: A. M. Kelley, 445 p.
Landström H. (1999). Entreprenörskapets rötter. Student litterateur, Lund.
Leyden, D. P., Link, A. N. (2015). Public Sector Entrepreneurship: U.S. Technology and Innovation Policy. Oxford University Press, 250, p. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199313853.001.0001
Lucas, R. E. (1988). On the mechanics of economic development. Journal of Monetary Economics, 22(1), 3-42. DOI: https://doi.org/10.1016/0304-3932(88)90168-7
Machado, H. V. (2008). Introdução. Revista De Administração Mackenzie, v. 9, N. 8, Edição Especial, p. 10-14, nov./dez. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-69712008000800002
Marques, L. D., (2000). Modelos Dinâmicos com Dados em Painel: Revisão de Literatura [working paper]. Centro de Estudos Macroeconômicos e Previsão, Faculdade de Economia do Porto.
Martes, A. C. B. (2010). Weber e Schumpeter: a ação econômica do empreendedor. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 30, n. 2, p. 254-270, abr./jun. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-31572010000200005
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Estatísticas (MDIC). Disponível em: <http://www.mdic.gov.br>. Acesso em: jul. de 2016.
Mingoti, S. A. (2005). Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Editora UFMG, Belo Horizonte, MG, 300p.
Ministério da Fazenda – Tesouro Nacional. Estatísticas. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br>. Acesso em: jul. de 2016.
Nogami, V.K.C., Medeiros, J., Faia, V.S. (2014). Análise da evolução da atividade empreendedora no brasil de acordo com o global entrepreneurship monitor (gem) entre os anos de 2000 e 2013. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 3, n.3, p. 31-76. DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.v3i3.118
Rodriguez, C.; Gimenez, M. (2005). Emprenderismo, acción gubernamental y academia: revisión de la literatura. Innovar, Revista de Ciências Administrativas y Sociales, Bogotá, v. 15, n. 26, p. 73-89, jul./dic.
Romer, P. M. (1990). Endogenous Technological Change. Journal of Political Economy, 98(1), 71-102. DOI: https://doi.org/10.1086/261725
Romer, P. M. (1994). The origins of Endogenous Growth. Journal of Economic Perspectives. 8(1), 3-22. DOI: https://doi.org/10.1257/jep.8.1.3
Sadler, R. J. (2000). Corporate entrepreneurship in the public sector: the dance of the chameleon. Australian Journal of Public Administration, Sydney, v. 59, n. 2, p. 25-43. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-8500.00149
Santiago, E. G. (2009). Vertentes teóricas sobre empreendedorismo em Shumpeter, Weber e Mcclelland: novas referências para a sociologia do trabalho. Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 40, n. 2, p. 87-103.
Schumpeter, J. A. (1934). The Theory of Economic Development: An Inquiry into Profits, Capital, Credit, Interest and the Business Cycle. Cambridge, MA: Harvard University Press.
Schumpeter, J. A. (1984). Capitalismo, socialismo e democracia (S. G. de Paula, Trad.). Rio de Janeiro, Zahar. (Obra original publicada em 1942).
Solow, R. M. (1956). A contribution to the Theory of Economic Growth. Quarterly Journal of Economics. 70(1), 65-94. DOI: https://doi.org/10.2307/1884513
Souza, N. J. (2005). Desenvolvimento Econômico (5a ed.). São Paulo: Atlas.
Swedberg, R. (2000). The social view of entrepreneurship: introduction and theorical applications. In: ______. Entrepreneurship: the social science view. Oxford: Oxford University Press, p. 7-44. DOI: https://doi.org/10.1093/oso/9780198294627.003.0001
Teixeira, A. M., Borges, C. (2012). Empreendedorismo e Crescimento Econômico: Evidências Empíricas para o Estado de Goiás. In: XXXVI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 2012, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD.
Anais do EnANPAD. Rio de Janeiro-RJ.
Tang, J., Kacmar, K. M., Busenitz, L. (2012). Entrepreneurial alertness in the pursuit of new opportunities. Journal of Business Venturing, New York, v. 27, n. 1, p. 77-94. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2010.07.001
Van Stel, A., Carree, M., & Thurik, R. (2005). The Effect of Entrepreneurial Activity on National Economic Growth. Small Business Economics, 24(3), 311-321. DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-005-1996-6
Agradecimentos
Agradecemos à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais pelo auxílio financeiro concedido à execução desta pesquisa.
Descargas
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 5056 PDF (Português (Brasil)) downloads: 6002
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
-
El/La autor(a)/es(as) autorizan la publicación del texto en la revista;
-
La revista no se responsabiliza de las opiniones, ideas y conceptos emitidos en los textos, ya que son de entera responsabilidad de sus autores/autoras;
-
Los autores/autoras mantienen los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo publicado bajo la Licencia CC BY 4.0, que permite el compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista;
-
Los autores/autoras están permitidos y animados a publicar su trabajo (Versión enviada, Versión aceptada [Manuscrito aceptado por el autor/autora] o Versión publicada [Versión del registro]) en línea, por ejemplo, en repositorios institucionales o preprints, ya que puede llevar a intercambios productivos, así como a citas anteriores y mayores de trabajos publicados. REGEPE pide como condición política para los autores/autoras que indiquen/vinculen el artículo publicado con DOI. Vea el Efecto del Acceso Abierto.